Versões femininas de heróis. Precisa?

Antes de mais nada, guardem as tochas, este não é um post machista apesar do título. Na verdade é o oposto. Ultimamente tenho reparado no aumento do número de personagens mulheres que são versões de outros heróis homens já existentes, como se já não houvessem o suficiente. Mulher Aranha, X-23, Mulher Hulk, Supergirl, Batgirl, Thor (versão feminina), “Mulher” de Ferro, são muitos os exemplos e a lista só aumenta. Comecei a listar todos e isso me fez pensar: “Precisa disso?”

Quando eu paro e penso nas heroínas mais legais que já conheci, todas tem seu próprio uniforme, habilidades e histórias, nunca dependeram de nenhum outro herói homem para existir. Enquanto isso temos diversos exemplos de personagens bem mais sem graça e apelo. Mas por quê isso acontece? É tão difícil assim criar uma heroína 100% original? Ou todo herói masculino tem que ter uma versão feminina sabe-se lá porquê?

Acredito que a resposta esteja na falta de criatividade ou vontade das editoras de arriscarem a criar algo do zero e não vender, então preferem reciclar conceitos e fazer apostas mais fáceis tentando atrair um público novo. Infelizmente o resultado disso quase sempre não é bom. Não é de se espantar que a equipe com o maior número de integrantes femininas adoradas pelo público seja os X-Men. Vampira, Psylocke, Jean, Tempestade. Todas personagens fortes, cheias de carisma e sem contrapartes masculinos. Na DC temos a Mulher Maravilha, heroínas solo, independente e adorada por inúmeros fãs.

Como em quase tudo na vida também existem exceções, a Mulher Gavião teve sua história bem trabalhada ao lado do Gavião Negro, a Thor começou sua carreira vendendo mais revistas do que seu antecessor. No entanto, isso não muda o fato que ficar reciclando conceitos não é bom pra ninguém. Nem para os homens, nem para as mulheres e nem para as histórias em quadrinhos.

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