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Crossovers frustrantes, até quando?

Não é de hoje que tanto Marvel quanto DC adoram criar sagas onde duas de suas super equipes (geralmente de heróis) saem no tapa por discordar de algum assunto importante. Geralmente a briga acontece apenas dentre seu próprio universo, como, por exemplo, a saga Liga da Justiça vs Titãs e Vingadores vs X-Men. Mas também temos a mistura entre as editoras, que resultou em Vingadores vs Liga da Justiça e outros crossovers menores que aconteceram durante os inesquecíveis anos 90.

No geral, esse crossovers atraem a atenção do público e da mídia, ajudando a cumprir o principal objetivo das editoras: vender revistas. E isso é errado? Não. O trabalho delas é esse mesmo. Então qual o problema? O problema está na mediocridade e previsibilidade das histórias. Toda vez é a mesma coisa!

Temos de cada lado um grupo bem intencionado de pessoas super poderosas. No entanto, devido à algum mal entendido e à falta de comunicação (pra que conversar se eu posso arremessar um raio, né?!) nenhum lado explica calmamente seu ponto de vista e todo mundo sai na porrada. Obviamente o roteirista não pode puxar sardinha para nenhum lado, senão os fãs iriam reclamar. Então todo mundo acaba bem na fita até que chega o momento em que todos percebem que na verdade devem se unir para derrotar o verdadeiro inimigo. Após isso temos combos de super heroísmo e recursos deus ex machina para resolver a questão.

Se essa descrição teve pontos que lhe pareceram familiar em alguma saga que você já leu, não foi coincidência. É a formula utilizadas todas a vezes. Leia Inumanos vs X-Men, Liga da Justiça vs Esquadrão Suicida, as outras sagas já citadas, e depois qualquer outra à sua escolha (a lista é ENORME) e em seguida se pergunte se elas não parecem ter o mesmo enredo.

Disputas entre equipes heroicas não deveriam vender apenas por causa dos personagens. A história deveria ajudar! Mas infelizmente não é o que acontece. Até que isso mude, minha sugestão é: não fique na ansiedade pela próxima saga e procure outra coisa para ler. Tem muito material bom por aí cuja função não é ser somente um caça níquel.

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Visão, o sintozóide pai de família

Todo mundo já conhece o Visão. O clássico e muito carismático vingador criado por Ultron para derrotar os Vingadores. O personagem já teve seus altos e baixos tanto na vida quanto nas histórias, mas sempre teve cadeira cativa entre meus vingadores favoritos. Mas esse post não é para falar sobre a trajetória do personagem, mas sim sobre aonde ele está hoje. E a resposta é: em casa cuidando da família. (PAM PAM PAM)

Sim. O roteirista Tom King, responsável pela revista solo do herói optou por uma abordagem bem inovadora do personagem. Ao invés de simplesmente sair em aventuras com seus colegas para salvar a humanidade, tentar resolver seu relacionamento com a Feiticeira Escarlate ou ficar em conflito sobre ter ou não sentimentos, ele simplesmente decidiu construir sua própria família.

Mas como isso funciona? Bem, o Visão decidiu construir uma mulher e dois filhos, todos com uma estrutura semelhante à dele. Sua mulher foi programada para agir com uma adulta e seus filhos, como adolescentes. Agora ele divide seu tempo entre trabalhar como o contato dos Vingadores junto ao governo dos EUA, ajudar a equipe quando necessário, e cuidar da família e educar os filhos. Tudo muito bonito. Na teoria.

Os problemas começam quando a adaptação da família junto à sociedade se mostra difícil, gerando conflitos e segredos perigosos. Não entrarei em detalhes para não dar spoilers, basta você saber que a história te deixa no mínimo intrigado. Para ser sincero eu demorei a descobrir se estava gostando ou não dessa nova fase. Com certeza não estava amando, mas também fui sempre ficando curioso para ver quais seriam as consequências dos acontecimentos.

Minha sugestão é: leia e tire suas próprias conclusões! A história foi lançada lá fora em 12 edições (ainda não sei como será no Brasil) que merecem nosso atenção e também o reconhecimento dos autores, por tentarem algo novo. Construiram um enredo com personagens com vidas artificiais cujas atitudes fazem o leitor se questionar se eles estão se tornando mais ou menos humanos.

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Especial vilões – ULTRON – 5 coisas

Vamos a mais uma listinha de 5 coisas sobre um vilão!

Lembrando, essa lista é baseada nos acontecimentos dos quadrinhos e se você só assistiu o segundo filme dos Vingadores irá encontrar várias diferenças no Ultron das hqs.

1 – De onde veio o Ultron?

Veio do cientista e fundador dos vingadores Hank Pym ou Homem-Formiga, também conhecido com Gigante ou Jaqueta Amarela.

Lá em 1968, em Avengers 54 (Roy Thomas e John Buscema), Hank criou um robô feio que doí e com consciência, que se rebelou contra o seu “pai” e adotou uma postura contra toda a humanidade. A lógica das máquinas é inegável.

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2 – Poderes do Ultron

O Ultron é um vilão formidável e sempre dá muito trabalho para os Vingadores, seus principais inimigos.

Seus poderes começam com o próprio corpo, construído com adamantium (mesmo metal do Wolverine) e assim ele é virtualmente indestrutível. Ele também solta rajadas de energia, pode hipnotizar humanos, -velocidade e força nem se fala – e pode também controlar outras máquinas. Esse último é o poder que realmente fornece a “imortalidade” do Ultron.

Ele cria diversas máquinas, controla todas e no final, quando o Ultron principal é derrotado, momentos antes ele transfere a sua consciência para outro robô. Demora até ele retornar, mas ele sempre volta com mais ódio da humanidade e principalmente de seu criador.

As versões mais poderosas do Ultron foram a versão 6, toda de Adamantium e a versão 61112, que conseguiu dominar e comandar toda a raça tecnorganica chamada Falange.

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3 – O Ultron tem família!

Sim, claro que tem. E ele mesmo já admitiu isso. E já falou que quer ter uma família. Ironicamente, é claro!

Ultron foi criado a partir das ondas cerebrais do Hank Pym. Que seria seu Pai/Criador.

Depois de criar várias versões de si mesmo, Ultron ficou carente e em tempos diferentes chegou a criar duas esposas para si. Jocasta e Alkhema.

Em certo momento Ultron criou um filho para si e você conhece ele. É o herói Visão. É lógico que Ultron criou o Visão para ficar ao seu lado, mas o herói logo mudou de lado, não concordando com o os desejos sanguinários do pai. Como dizem, tal pai, tal filho.

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4 – A maior maldade dele foi…

O Ultron já bateu em sua esposa (Jocasta), já prendeu e torturou a sua família apenas para provar seu ponto de vista. Ele já dizimou toda uma nação no leste europeu, mas…

Como sua maior vitória e maldade, podemos considerar a saga A era de Ultron (dos quadrinhos).

Nela, o vilão conquista seu ideal. Destroí a humanidade e reina sozinho e soberano. Aos poucos heróis vivos, restou a árdua missão de voltar no tempo e impedir que essa linha temporal se concretizasse.

Com ou sem viagem no tempo, acontecendo ou não, Ultron já mostrou que se derem mole, ele tem poder para concretizar os seus desejos.

5 – Ultron é tão humano quanto um…

Essa talvez seja a questão mais interessante sobre o Ultron.

Você percebeu que ao longo do post, apesar de ser sobre um robô, falei diversas vezes sobre desejos, vontades e emoções do Ultron?

Pois é, como ele foi criado a partir da consciência do Hank, suas motivações e ações são bastante humanas.

O que torna tudo muito contraditório, pois ele odeia a humanidade por ser o que ela é, mas o próprio Ultron se parece muito com nós. Além do complexo que édipo, pois ele ama e odeia o Homem-Formiga. Ele já chegou a perguntar para o pai se ele o amava, para logo depois tentar matá-lo.

Esse robô tem literalmente um parafuso a menos. Hahahah! (1 minuto de silêncio pra piada sem graça)

Bom pessoal, é isso! Gostaram do post? Curte, compartilhe, comente!!!!

Aproveite e veja o vídeo também!

Até a próxima e boas leituras!

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Ultron | O robô maluco!

Desta vez um vídeo sobre um vilão.

O poderoso Ultron e suas loucuras!!!

Assiste aí, curte, compartilha e até a próxima!

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Gavião Arqueiro | O Aquaman da Marvel!

Lá nos anos 60 quando as grandes equipes dos quadrinhos foram criadas e tiveram suas primeiras aventuras, Liga da Justiça (1960), Quarteto Fantástico (1961), X-Men (1963), Vingadores (1963) e Novos Titãs (1964) começaram com suas formações originais e desde então foram alteradas, desmanchadas, retalhadas, remontadas, renovadas e “rebootadas” várias vezes, mas uma constante é a mesma: toda grande equipe tem um personagem que parece ser o pior, o mais fraco em poder, com habilidades pífias e uma importância questionável.

Foi desse lugar que saiu a ideia e a comparação: seria o Gavião Arqueiro na Marvel o equivalente ao que o Aquaman é na DC.

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Seriam os dois renegados, injustiçados e abandonados a própria sorte? Ou teriam público, adoradores e pessoas que querem fazer dos dois grandes personagens?

Respondendo a pergunta, se o Gavião Arqueiro seria o sinônimo de Aquaman na Marvel, vamos aos fatos:

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1 – Pertencem a grandes equipes

Gavião Arqueiro não é fundador dos Vingadores. Entrou no que podemos chamar de segunda fase da equipe, quando eles começaram a adicionar novos membros ao grupo. A formação da época era com Homem de Ferro, Capitão América, Thor, Vespa, Gigante/Homem Formiga, Mercúrio e Feiticeira Escarlate. Ou seja, lá estava o Gavião Arqueiro e suas habilidades no meio de super poderosos.

O Aquaman é um pouco diferente. Estava na liga desde sua fundação. Mas para sua infelicidade, de todos os personagens, seus poderes eram os mais limitados, sempre envolvidos com as águas e animais marinhos e pouco se falava de sua força física, resistência e que ele era líder de um povo.

2 – Pavio curto

Os dois personagens são bastante esquentados e não levam desaforos pra casa. De ninguém!

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3 – Esposas também são heroínas

Gavião foi casado durante anos com a Bobbi Morse, mais conhecida como a heroína Harpia.

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Já nosso Aquaman tem desde sempre ao seu lado a incrível Mera, que governa ao seu lado em Atlântida.

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4 – Utilizam de tácticas variadas para conseguir a vitória

O Gavião tem infinitas flechas guardadas naquela aljava nas costa dele. Tem de tudo. Flecha normal, com cola, que explode, com gancho, com bombas de gás, tudo que você imaginar. Mas um dos melhores usos foi lá no início das histórias do personagem, quando ele lançou incríveis flechas de ferrugem no Homem de Ferro.

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O Aquaman pode comandar diversos animais, tem poderes sobre as áquas, além de ser incrivelmente forte e resistente, mas ele já fez muita coisa inusitada e talvez a maior delas tenha sido jogar um urso polar em alguém.

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5 – Todo mundo acha que é um bosta, mas gosta!

Pra finalizar, a grande verdade. Sempre que você vê um dos dois, lado a lado com suas equipes, eles parecem menores, mas funcionam muitas vezes como alívio cômico e diversos escritores se dedicaram a dar uma importância maior para eles e colocá-los no foco das atenções.

As histórias do Aquaman escritas por Geoff Johns e Ivan Reis e as histórias do Gavião Arqueiro por Matt Fraction são um exemplo disto. São histórias que se aprofundam na vida desses heróis, tirando eles das grandes equipes e mostrando como funciona o dia-a-dia deles e a relação com outras pessoas.

E você, o que acha dos dois heróis???? Concorda que eles são sinônimos em universos diferentes???

Deixe seu comentário e opinião sobre post!

Por hoje é só pessoal, até a próxima e boas leituras para todos!

 

 

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Quadrinhos para leigos – parte 3

Marvel Comics, ou “A Casa da Ideias”, como foi apelidada, já teve muitos altos e baixos desde que foi fundada na década de 30. Em meio a todas as polêmicas que se envolveu ao longo dos anos, uma coisa é certa: ela criou um universo muito vasto e rico. E também frequentemente confuso. Eis aqui nossa lista para facilitar o entendimento do leitor que está começando a se aventurar por ele.

Os Supremos (Vingadores) (2002) | Mark Millar e Brian Hitch

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Os Supremos são a versão renovada e atualizada dos Vingadores, a maior equipe super heroica da Marvel. Pertencentes à linha Ultimate, cuja proposta era uma releitura dos personagens clássicos com versões mais em sintonia com o século XXI, eles fizeram tanto sucesso de público e crítica que as revistas da linha original e até o cinema passaram a se inspirar neles nos anos seguintes. A história mostra como Capitão América, Homem de Ferro, Thor e os outros heróis se uniram como uma equipe que luta para salvar o mundo.

Demolidor – O Homem sem Medo (1993) | Frank Miller e John Romita Jr.

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O herói urbano e cego da Marvel estava passando por maus bocados antes de Frank Miller assumir o personagem e transformá-lo em um sucesso. Em O Homem Sem Medo, Miller reformulou sua origem, dando ao personagem mais profundidade, mostrando os fatos que o levariam ser um vigilante no futuro e também o início de seu relacionamento com Elektra e o Rei do Crime. Leitura obrigatória para fãs do herói.

Homem Aranha – Caído entre os mortos (2007) | Mark Millar e Frank Cho

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Caído entre os Mortos tem uma trama muito simples: tia May sumiu e Peter Parker corre contra o tempo para salvá-la. Até aí nada demais. Mas por quê ler então? Porque Mark Millar sabe escrever um bom roteiro e nos traz uma história divertida e com as melhores características do Homem Aranha ao mesmo tempo em que evita vários clichês. Temos humor, ação e diversos vilões e personagens importantes na carreira do herói. Leitura fácil e de qualidade.

Quarteto Fantástico – Os Maiores Clássicos do Quarteto Fantástico Vol. 3 (1981) | John Byrne

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Durante a década de 80 John Byrne era o responsável absoluto pelo Quarteto Fantástico, e ele levou a família mais famosa dos quadrinhos em aventuras por todo o universo. Inimigos e aliados que continuariam a aparecer por vários anos marcam presença nessas histórias, bem como diversos lugares exóticos e regiões extraterrestres que se tornariam parte importante no universo cósmico da Marvel. A Panini lançou três volumes dessa fase, sendo o terceiro e último o melhor deles.

X-Men – Gênese Mutante (1991) | Jim Lee e Chris Claremont

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De todas as equipes de super heróis essa talvez seja a mais difícil de se familiarizar, tamanha a mudança pela qual passou ao longo dos anos. Portanto, é simplesmente impossível conhecer bem a equipe através de somente uma história. Mas Gênese Mutante seria um bom ponto de partida por 4 motivos:
1 – Em uma época em que a Marvel estava mal indo mal, a saga bateu recordes de vendas.
2 – Reúne vários personagens clássicos.
3 – A saga teve desdobramentos importantes nos anos que estariam por vir.
4 – Jim Lee e Chris Claremont foram dois dos mais importantes artistas a passarem pelo grupo de mutantes.

Aniquilação (2006) | Keith Giffen e vários outros artistas

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Aniquilação foi uma saga diferente da Marvel. Diferente porque reuniu vários personagens lado B em uma odisseia cósmica, e também por causa da maneira que foi publicada. A saga começou com um prelúdio e depois se dividiu entre 4 revistas que voltaram a se cruzar no final (nos EUA). No Brasil foram 7 edições, antecedidas pela revista Drax, o destruidor. Tudo pode ser um pouco confuso para o leitor inexperiente, mas a leitura vale a pena, pois é uma porta de entrada para se conhecer a histórias que acontecem fora da Terra no universo Marvel. Além de ser uma das minhas sagas favoritas da editora, ela reconfigurou e deu novo fôlego para as tramas espaciais, abrindo caminho para outras sagas do gênero que se seguiram. Em alguns momentos chega a ser mais ficção científica do que super herói, o que é sempre muito bem vindo quando ocorre na Casa das Ideias.

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