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03
maio
2016

Quadrinhos para leigos – parte 2

1berto
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Segunda parte da nossa série de posts indicando quadrinhos para pessoas ainda inexperientes nesse universo. Dessa vez o foco será nos leitores que não tem interesse por histórias de super-heróis e também não tem tempo para ler revistas mensais intermináveis. Então se você está à procura de histórias curtas (ou pelo menos não exageradamente longas) essa lista é para você.

Publicações com várias edições fechadas que podem ser lidas separadamente também serão incluídas nessa lista, sempre indicando uma edição de destaque para o leitor começar.

Asterix – Legionário (1967) | René Goscinny e Albert Uderzo

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Sem dúvida o quadrinho francês de maior sucesso da história, a série narra as aventuras de Asterix e seu amigo Obelix, dois gauleses que fazem parte da única aldeia que ainda resiste (graça à uma poção mágica) ao poder do império Romano governado por Júlio César. Cada edição é recheada de figuras e acontecimentos históricos, com personagens carismáticos e divertidos. Tudo isso aliado à roteiros e desenhos excepcionais fizeram a fama de Asterix ser justificada. Vale ressaltar que essa qualidade é encontrada nas edições com os dois autores originais.

Daytripper (2011) | Fábio Moon e Gabriel Bá

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Os irmãos Fábio Moon e Gabriela Bá conseguiram agradar tanto o público estrangeiro quanto o nacional com Daytripper. A minissérie, que arrebatou diversos (e merecidos) prêmios, narra os dias mais importantes da vida de Brás de Oliva Domingos, mostrando seus momentos mais significativos e como a proximidade da morte nos faz perceber eles de maneira diferente.

Blacksad -Em algum lugar entre as sombras (2000) | Juan Díaz Canales e Juanjo Guarnido

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A dupla espanhola Juan Díaz Canales (roteiro) e Juanjo Guarnido (arte) criou uma série no melhor estilo noir onde cada personagem é retratado como um animal que reflete sua própria personalidade. Na história temos o protagonista John Blacksad, um investigador particular na América dos ano 50 que tem que lidar com os piores da sociedade e com seus próprios problema. Roteiro muito competente e a arte impecável fazem dessa série um prato cheio para os fãs do gênero policial.

Os leões de Bagdá (2006) | Brian K. Vaughan e Niko Henrichon

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Brian K. Vaughan é um dos melhores roteiristas da atualidade. Fato comprovado pela quantidade de prêmios Eisner a que concorreu e ganhou nos últimos anos. Os Leões de Bagdá é uma historia curta e despretensiosa que se passa durante o bombardeio no Iraque em 2003 e é mostrada sob o ponto de vista de 4 leões na cidade de Bagdá. As cores de Niko Henrichon e a simplicidade do roteiro fizeram da obra um sucesso.

Graphic MSP, Astronauta – Magnetar (2012) | Danilo Beyruth e Cris Peter

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Essa HQ foi o primeiro lançamento da coleção de graphic novels publicadas pela MSP. A ideia era criar histórias fechadas com artistas nacionais reimaginando os clássicos personagens da Turma da Mônica. As edições acabaram tendo um tom menos cômico e mais dramático, focando mais no público adulto mas sem esquecer as referências dos gibis. O sucesso foi imediato, tanto de público quanto de crítica. Astronauta – Magnetar foi uma das mais aclamadas (para mim a melhor) e já teve continuação, mas todos os volumes valem muito a pena.

Lucky Luke – Pé de Moça (1968)| Morris e René Goscinny

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Mais uma vez temos Goscinny na lista, e dessa vez fazendo parceria com Morris  para criar as histórias do homem que atira mais rápido que a própria sombra. Lucky Luke foi criado em 1946 por Morris e era uma sátira ao velho oeste americano. Série cheia de referências e personagens históricos (bem no estilo Goscinny) e muito bom humor trouxe edições memoráveis. Infelizmente nem todas as histórias são da dupla (apenas 45 são), e por isso não possuem o mesmo padrão de qualidade de roteiro e desenhos. No entanto, aquelas que são, se tornaram clássicos.

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