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Capitão América: Guerra Civil | Crítica

Mais um filme divertido e empolgante da Marvel.

Daqueles que você sai do cinema falando: “Nossa cara, cê viu aquela cena???? E aquela hora lá???? Noooosssa, doido d+!!!!!!”. E por aí vai.

Guerra Civil é um ótimo filme para assistir uma vez, gostar e guardar as imagens na memória.

As cenas de ação são fantástica, ótimas brigas, tudo coreografado para deixar o espectador encantado e todos sabemos que é incrível ver super-heróis se batendo. Poderes e habilidades a cada segundo na tela é algo que enche os nossos olhos.

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No entanto, faltou algo nesse filme que é imprescíndivel para qualquer trama que envolva super-heróis. Um vilão.

Esse filme tem um foco especial na disputa ideológica do Capitão América e Homem de Ferro, mas esqueceu do seu vilão.

Com isso, você simplesmente não se importa com o plano dele (por sinal, ruim ao nível Lex Luthor de BvS), nem com sua dor.

E você nem quer que ele entre em cena, pra não atrapalhar a ótima cena de ação que você poderia estar assistindo, ao invés de uma explicação idiota. Com isso, eles simplesmente gastaram o Barão Zemo, que é um vilão bem legal dos quadrinhos, com um cara que podia ser um simples soldado que perdeu a família, com um nome qualquer.

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Sobre os personagens: Capitão América, Viúva Negra, Homem de Ferro, Máquina de Combate, Falcão, Homem Formiga, Bucky Barnes e Gavião Arqueiro já haviam sido construídos em outros filmes e permanecem bons, com alguma profundidade a mais.

Já a Feiticeira Escarlate tem mais destaque nesse filme, fica claro o seu “problema” de ser mutante (mas eles não podem falar essa palavra) e ela demonstra mais de seus poderes. O Visão também é um personagem mais explorado, mas ainda como capacho do Tony Stark. Gostaria de vê-lo mais solto.

Já as novidades, Pantera Negra e Homem Aranha, dos dois só salva as piadinhas do Aranha. Erraram a mão na computação gráfica dos dois. Não convence nem um pouco. Erraram feio no tom do Pantera. A história dele é toda triste e em volta estão fazendo piadas e discutindo quem está certo. Vale ressaltar o rejuvenescimento da Tia May. Melhorou beeeeeeemmm!!!!!!!!

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Sobre o principal motivo do filme, o registro dos super-heróis, isso ficou bem parecido com o quadrinho, me agradou muito e temos várias outras cenas que são de puro fan service. E eu sou fã. Então gostei muito.

E de que lado eu estou? Capitão América. Tanto no filme quando na hq! Sem mais!

A principal crítica que eu faço a esse filme e aos mais atuais da Marvel, é que quanto mais filmes eles lançam, mais você precisa ter assistido o lançamento anterior. Para Guerra Civil, é preciso assistir Vingadores 2, sendo que o mais correto era esse filme funcionar somente com Capitão América 2, mas não é isso que acontece.

Resumindo, assista, goste, guarde e comente.

E não se desespere com erros e problemas do filme, você vai se divertir e é pra isso que você foi no cinema assistir um filme da Marvel.

NOTA HQQISSO:

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Quadrinhos para leigos – parte 3

Marvel Comics, ou “A Casa da Ideias”, como foi apelidada, já teve muitos altos e baixos desde que foi fundada na década de 30. Em meio a todas as polêmicas que se envolveu ao longo dos anos, uma coisa é certa: ela criou um universo muito vasto e rico. E também frequentemente confuso. Eis aqui nossa lista para facilitar o entendimento do leitor que está começando a se aventurar por ele.

Os Supremos (Vingadores) (2002) | Mark Millar e Brian Hitch

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Os Supremos são a versão renovada e atualizada dos Vingadores, a maior equipe super heroica da Marvel. Pertencentes à linha Ultimate, cuja proposta era uma releitura dos personagens clássicos com versões mais em sintonia com o século XXI, eles fizeram tanto sucesso de público e crítica que as revistas da linha original e até o cinema passaram a se inspirar neles nos anos seguintes. A história mostra como Capitão América, Homem de Ferro, Thor e os outros heróis se uniram como uma equipe que luta para salvar o mundo.

Demolidor – O Homem sem Medo (1993) | Frank Miller e John Romita Jr.

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O herói urbano e cego da Marvel estava passando por maus bocados antes de Frank Miller assumir o personagem e transformá-lo em um sucesso. Em O Homem Sem Medo, Miller reformulou sua origem, dando ao personagem mais profundidade, mostrando os fatos que o levariam ser um vigilante no futuro e também o início de seu relacionamento com Elektra e o Rei do Crime. Leitura obrigatória para fãs do herói.

Homem Aranha – Caído entre os mortos (2007) | Mark Millar e Frank Cho

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Caído entre os Mortos tem uma trama muito simples: tia May sumiu e Peter Parker corre contra o tempo para salvá-la. Até aí nada demais. Mas por quê ler então? Porque Mark Millar sabe escrever um bom roteiro e nos traz uma história divertida e com as melhores características do Homem Aranha ao mesmo tempo em que evita vários clichês. Temos humor, ação e diversos vilões e personagens importantes na carreira do herói. Leitura fácil e de qualidade.

Quarteto Fantástico – Os Maiores Clássicos do Quarteto Fantástico Vol. 3 (1981) | John Byrne

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Durante a década de 80 John Byrne era o responsável absoluto pelo Quarteto Fantástico, e ele levou a família mais famosa dos quadrinhos em aventuras por todo o universo. Inimigos e aliados que continuariam a aparecer por vários anos marcam presença nessas histórias, bem como diversos lugares exóticos e regiões extraterrestres que se tornariam parte importante no universo cósmico da Marvel. A Panini lançou três volumes dessa fase, sendo o terceiro e último o melhor deles.

X-Men – Gênese Mutante (1991) | Jim Lee e Chris Claremont

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De todas as equipes de super heróis essa talvez seja a mais difícil de se familiarizar, tamanha a mudança pela qual passou ao longo dos anos. Portanto, é simplesmente impossível conhecer bem a equipe através de somente uma história. Mas Gênese Mutante seria um bom ponto de partida por 4 motivos:
1 – Em uma época em que a Marvel estava mal indo mal, a saga bateu recordes de vendas.
2 – Reúne vários personagens clássicos.
3 – A saga teve desdobramentos importantes nos anos que estariam por vir.
4 – Jim Lee e Chris Claremont foram dois dos mais importantes artistas a passarem pelo grupo de mutantes.

Aniquilação (2006) | Keith Giffen e vários outros artistas

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Aniquilação foi uma saga diferente da Marvel. Diferente porque reuniu vários personagens lado B em uma odisseia cósmica, e também por causa da maneira que foi publicada. A saga começou com um prelúdio e depois se dividiu entre 4 revistas que voltaram a se cruzar no final (nos EUA). No Brasil foram 7 edições, antecedidas pela revista Drax, o destruidor. Tudo pode ser um pouco confuso para o leitor inexperiente, mas a leitura vale a pena, pois é uma porta de entrada para se conhecer a histórias que acontecem fora da Terra no universo Marvel. Além de ser uma das minhas sagas favoritas da editora, ela reconfigurou e deu novo fôlego para as tramas espaciais, abrindo caminho para outras sagas do gênero que se seguiram. Em alguns momentos chega a ser mais ficção científica do que super herói, o que é sempre muito bem vindo quando ocorre na Casa das Ideias.

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Demolidor – 2ª Temporada | Crítica

O Netflix abraçou de vez a violência e o lado mais sobrenatural de Demolidor.

Mas o que faltou nessa 2ª temporada???

Já digo que gostei da temporada como um todo e de várias coisas que aconteceram, mas tenho coisas melhores pra dizer sobre o que não rolou de bom.

Ficamos divididos em três grandes atos nessa temporada. Justiceiro até o episódio 4, Elektra até o episódio 10 e a conclusão de tudo nos três últimos episódios.

O Justiceiro dessa série é a representação mais tímida e infeliz que temos daquele personagem violento, amargurado e irracional, em certos momentos, que vem dos quadrinhos. Apenas um ex-militar que perdeu a família.

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Elektra é uma esquia mulher que volta a vida de Matt Murdock só pra causar confusão. Atrapalhar seu romance com Karen – romance que vinha querendo aparecer desde o início da  1ª temporada, – causar estragos físicos e psicológicos no herói e ser a forte donzela em perigo. Como sempre, as mulheres tem que ser salvas ou são ajudantes do herói. Imagino até quando elas serão representadas assim?

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O grande perigo dessa temporada, a poderosa organização de ninjas chamada Tentáculo, foi incapaz de lidar com um cego, uma lutadora de várias artes marciais que apanhou em todas as brigas e um atirador de elite. Tudo porque seus integrantes, apesar de subirem em paredes, terem arcos, shurikens e uma fantástica vantagem numérica, só lutam com maestria e atacam pra matar quando o roteiro permite.

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Obs: um ninja jovem invadiu a casa de Matt, espancou o coitado e quase o matou. Mas quando é preciso, Matt consegue lidar com mais de 15 deles. Eis o mistério da fé!

E o que mais me incomodou mesmo foi a aparição totalmente desnecessária do Rei do Crime, que conseguiu uma escalada de poder dentro da prisão muito mal explicada.

De ex-criminoso quase falido à almoço com bife e música clássica. Podiam ter dado qualquer outra desculpa pra a fuga do Justiceiro da prisão. O Rei foi dispensável.

Depois desse esculacho todo devo falar do que eu gostei.

Foggy Nelson, amigo e sócio. E uma peça importante nessa temporada, fazendo valer sua presença com ótimas atuações.

A transição da Karen de secretária na falida Nelson & Murdock para uma jornalista, ocupando o lugar de Ben Urick, que foi morto na primeira temporada. Uma transição suave e com sentido, que dará uma outra importância para a personagem na 3ª temporada. Espero eu.

Uma cena de briga do Demolidor na escadaria de um edifício, contra uma gangue de motoqueiros. Foi realmente incrível, um cara que sabe lutar, tem técnica e tudo, mas que está puto da vida, luta daquele jeito. Sem firula, sem charme nenhum, apenas pancada.

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O uso da violência nessa temporada me agradou muito. Com todos esses personagens as coisas tinham que sair de controle. E foi o que aconteceu.

Hells Kitchen ficou fora de controle por toda a temporada, e só foi parcialmente resolvido lá no fim.

Como um todo, acredito que os personagens estejam bem encaminhados para a próxima temporada.

A série precisa melhorar em roteiro, tirando os clichês e definindo cada vez melhor quem é esse Demolidor.

Se ele é religioso, amargurado, brigão, raivoso ou tudo isso um pouco.

NOTA HQQISSO:

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Bom pessoal, por hoje é só.

Boas leituras e séries para todos e até a próxima.

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Quadrinhos para leigos – parte 2

Segunda parte da nossa série de posts indicando quadrinhos para pessoas ainda inexperientes nesse universo. Dessa vez o foco será nos leitores que não tem interesse por histórias de super-heróis e também não tem tempo para ler revistas mensais intermináveis. Então se você está à procura de histórias curtas (ou pelo menos não exageradamente longas) essa lista é para você.

Publicações com várias edições fechadas que podem ser lidas separadamente também serão incluídas nessa lista, sempre indicando uma edição de destaque para o leitor começar.

Asterix – Legionário (1967) | René Goscinny e Albert Uderzo

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Sem dúvida o quadrinho francês de maior sucesso da história, a série narra as aventuras de Asterix e seu amigo Obelix, dois gauleses que fazem parte da única aldeia que ainda resiste (graça à uma poção mágica) ao poder do império Romano governado por Júlio César. Cada edição é recheada de figuras e acontecimentos históricos, com personagens carismáticos e divertidos. Tudo isso aliado à roteiros e desenhos excepcionais fizeram a fama de Asterix ser justificada. Vale ressaltar que essa qualidade é encontrada nas edições com os dois autores originais.

Daytripper (2011) | Fábio Moon e Gabriel Bá

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Os irmãos Fábio Moon e Gabriela Bá conseguiram agradar tanto o público estrangeiro quanto o nacional com Daytripper. A minissérie, que arrebatou diversos (e merecidos) prêmios, narra os dias mais importantes da vida de Brás de Oliva Domingos, mostrando seus momentos mais significativos e como a proximidade da morte nos faz perceber eles de maneira diferente.

Blacksad -Em algum lugar entre as sombras (2000) | Juan Díaz Canales e Juanjo Guarnido

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A dupla espanhola Juan Díaz Canales (roteiro) e Juanjo Guarnido (arte) criou uma série no melhor estilo noir onde cada personagem é retratado como um animal que reflete sua própria personalidade. Na história temos o protagonista John Blacksad, um investigador particular na América dos ano 50 que tem que lidar com os piores da sociedade e com seus próprios problema. Roteiro muito competente e a arte impecável fazem dessa série um prato cheio para os fãs do gênero policial.

Os leões de Bagdá (2006) | Brian K. Vaughan e Niko Henrichon

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Brian K. Vaughan é um dos melhores roteiristas da atualidade. Fato comprovado pela quantidade de prêmios Eisner a que concorreu e ganhou nos últimos anos. Os Leões de Bagdá é uma historia curta e despretensiosa que se passa durante o bombardeio no Iraque em 2003 e é mostrada sob o ponto de vista de 4 leões na cidade de Bagdá. As cores de Niko Henrichon e a simplicidade do roteiro fizeram da obra um sucesso.

Graphic MSP, Astronauta – Magnetar (2012) | Danilo Beyruth e Cris Peter

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Essa HQ foi o primeiro lançamento da coleção de graphic novels publicadas pela MSP. A ideia era criar histórias fechadas com artistas nacionais reimaginando os clássicos personagens da Turma da Mônica. As edições acabaram tendo um tom menos cômico e mais dramático, focando mais no público adulto mas sem esquecer as referências dos gibis. O sucesso foi imediato, tanto de público quanto de crítica. Astronauta – Magnetar foi uma das mais aclamadas (para mim a melhor) e já teve continuação, mas todos os volumes valem muito a pena.

Lucky Luke – Pé de Moça (1968)| Morris e René Goscinny

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Mais uma vez temos Goscinny na lista, e dessa vez fazendo parceria com Morris  para criar as histórias do homem que atira mais rápido que a própria sombra. Lucky Luke foi criado em 1946 por Morris e era uma sátira ao velho oeste americano. Série cheia de referências e personagens históricos (bem no estilo Goscinny) e muito bom humor trouxe edições memoráveis. Infelizmente nem todas as histórias são da dupla (apenas 45 são), e por isso não possuem o mesmo padrão de qualidade de roteiro e desenhos. No entanto, aquelas que são, se tornaram clássicos.

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Quadrinhos para leigos – parte 1

Certo dia pensando no que escrever e sofrendo com falta de inspiração, perguntei a um amigo: “Bródis, se você fosse ler um post sobre quadrinhos, o que cê ia querer ler?”. “Quadrinhos para leigos!”, ele respondeu. Naquela hora percebi 3 coisas:

1 – ajudar leitores novatos era uma das principais motivações desse blog
2 – é muito difícil simplesmente sugerir quadrinhos sem saber das preferências da pessoa
3 – as pessoas não sabem indicar quadrinhos para novos leitores

Essa terceira constatação é um pouco polêmica, mas ainda fácil de ser comprovada, principalmente quando o assunto é super heróis. É muito comum encontrarmos algum cidadão que na hora de sugerir HQ’S desse gênero já vai logo indicando O Cavaleiro das Trevas (Batman) ou Guerra Civil (saga da Marvel). Péssima ideia! Ainda que sejam ótimos quadrinhos, se o leitor não tiver algum conhecimento prévio das personagens, muito da obra se perde. Mesma coisa acontece ao dar Watchmen para alguém totalmente leigo ler. Pior ainda é quando o leitor sequer acha graça nos super heróis.

Devido a isso tudo, decidi fazer uma pequena série de posts, com sugestões de obras para leigos, dividos por categorias (porque não dá pra juntar tudo num balaio só). O objetivo aqui não será o de levar os leitores aos melhores quadrinhos já escritos, mas sim o de ajudar a galera que não sabe por onde começar a ler algo bom, que facilite o entendimento desse universo, e que não requeira experiências anteriores.

Nessa primeira parte iremos falar dos icônicos personagens da DC Comics.

Quadrinhos para conhecer a DC

Liga da Justiça – Origem (2011) | Geoff Johns, Jim Lee e Scott Williams

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O encadernado reúne as primeiras edições da revista mensal que renovou a Liga da Justiça, criando uma nova origem para a equipe e mostrando o início do complicado relacionamento de seus integrantes da primeira ameaça enfrentada. A revista também foi um dos carros-chefes da editora no lançamento da linha Os Novos 52.

Batman – O Longo Dias das Bruxas (1996)| Jeph Loeb e Tim Sale

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Diferente das histórias atuais do Homem Morcego, O Longo dia Das Bruxas não tem a presença de vários heróis e parceiros formando a grande “bat-família”. Temos apenas o Batman, mostrando seu lado detetive e também seu lado de herói vigilante. Além da presença de diversos inimigos clássicos, temos uma boa visão de como o crime funciona em Gotham City.

Mulher Maravilha – Deuses e Mortais (1987) | George Perez e Greg Potter

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Um dos clássicos da DC e talvez a história mais importante da princesa amazona, quando ela foi reformulada por George Perez. Apesar de muito de sua versão original ter sido preservada, a qualidade das histórias aumentou e a relação da personagem com o mundo mudou, criando um novo padrão a ser seguido dali por diante. Outra novidade foi introdução de seu maior adversário: Ares, o Deus da Guerra.

Superman – Grandes Astros (2006) | Grant Morrison, Frank Quitelye e Jamie Grant

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Grant Morrison claramente se baseou na da Era de Prata dos quadrinhos quando foi escrever o Superman no projeto Grandes Astros. Com um roteiro leve e simples, temos uma saga que reimagina vilões, aliados e relacionamentos do homem de aço, tanto como Clark Kent quanto como eu alter ego. Além de explorar como funciona o disfarce do herói (não são apenas os óculos) nos dá uma ideia de como o Superman percebe o mundo à sua volta. Altamente recomendado também para velhos leitores.

Lanterna Verde e Arqueiro Verde  – Sem Destino(1970) | Dennis O’Neil e Neal Adams

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Esta é uma fase muito importante para ambos personagens e para os quadrinhos norte-americanos. Dennis O’Neil decidiu escrever histórias com um tom mais sério, realista e sombrio, abordando temas polêmicos para a época, como drogas e racismo, e questionando o sonho e modo de vida americano. O Arqueiro Verde se tornou um personagem mais maduro e político. Enquanto isso o Lanterna Verde enfrentava desafios menos cósmicos e mais mundanos. No Brasil você pode encontrar essas histórias também nos Grandes Clássicos DC reunidos em 2 volumes.

Crise de Identidade (2004) | Brad Meltzer, Rags Morales e Michael Bair

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Sagas envolvendo diversos personagens podem ser complicadas de entender, pois é preciso ter acompanhado histórias anteriores. Mas Crise de Identidade me cativou na hora, mesmo na época eu não tendo grandes conhecimentos sobre o Universo DC. A trama é simples: alguém está matando familiares de heróis, e eles precisam descobrir quem é antes que mais morram. Daí em diante temos uma história que revela segredos e conflitos existentes dentro da Liga da Justiça. Não vou dar muitos detalhes para não estragar surpresas, basta dizer que é uma das melhores sagas já publicadas pela DC e que influenciou muito do que veio depois.

 

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Review encadernados Thor

Há algum tempinho atrás a Marvel lançou dois encadernados do Thor, O Carniceiro dos Deuses e Bomba Divina, e juntos eles contemplam as edição 1 a 11 da revista Thor: God of Thunder, nos EUA. Sempre gostei desse tipo de publicação no Brasil; muito melhor reunir várias revistas mensais em poucos volumes ao invés de sermos obrigados a comprar todo mês as revistas mistas nas bancas. Ainda que isso atrase um pouco a publicação.

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Jason AAron (roteiro) e Esad Ribic (desenhos) deram uma abordagem mais cósmica e menos mitológicas ao Deus do Trovão, e também aos outros Deuses que existem. A história começa de maneira promissora: alguém está assassinando Deuses por todo o Cosmo, um alguém que Thor já enfrentou no passado e, aparentemente, ainda trará muitos problemas no futuro. A partir daí a narrativa não ocorre de maneira linear, alternando sempre entre 3 versões do Thor em tempos diferentes.

Prós: As ilustrações, principalmente as cores, funcionam muito bem, seja uma cena de ação ou em um momento calmo a arte impressiona. As relações de outros seres com os Deuses também é explorada de maneira bem interessante e amplia ainda mais o panteão da Marvel. Mas sem dúvida o maior mérito da história vai para o vilão, Gorr, que além de ser uma criação totalmente original dos autores, ele assusta e deixa o leitor intrigado ao mesmo tempo. Há muito tempo não se via um vilão com visual e motivações tão interessantes quanto esse.

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Contras: O problema acontece na maneira com que é retratada os outros Deuses do Cosmo. Jason Aaron optou por ignorar outras mitologias, o que pode ter sido feito para facilitar a criação do roteiro, e criou uma nova infinidade de outros Deuses. São tantos e tão diversos que acabaram parecendo comuns, dando a impressão de serem apenas raças alienígenas diferentes, sem nada que as qualifique como divindades. Outro ponto negativo é o uso excessivo de Thors. Como assim? Ele não é o protagonista? Sim, mas o autor realmente parece apaixonado pelo Deus do trovão e não cansa de ficar exaltando suas versões, principalmente no final da história. Como se já não bastasse termos 3, apenas eles entre todos os milhares de Deuses existentes são capazes de fazer alguma coisa.

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No final das contas, vale a pena comprar os encadernados? Sim, principalmente se estiverem na promoção (o que não é difícil). Essa é uma boa fase do Deus do trovão e diferente de muitas outras. Poderia ser melhor? Poderia, mas ainda assim vale o preço.

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