Category Ponto de vista

Precisamos falar sobre o Homem Aranha

Nos últimos anos a Marvel triplicou o número de homens aranha que existiam em seu vasto universo. Não, não estamos falando apenas dos clones (apesar deles existirem) mas sim de diversos personagens que de alguma forma utilizam o nome de Aranha em seu alter ego, tendo ou não relação com Peter Parker, o Homem Aranha original. Vamos falar aqui sobre os principais e tentar descomplicar um pouco o assunto:

Peter Parker – Homem Aranha original

O Homem Aranha original. O clássico. O melhor de todos os tempos? Bem, nem de todos os tempos. Sem dúvida Peter Parker é o número 1 no coração dos fãs, mas já teve seus altos e baixos como todo personagem. E, infelizmente, nesse caso a fase ruim foi bem ruim. O fato do personagem ter problemas da vida cotidiana era um dos maiores atrativos entre os fãs. Problemas conjugais e financeiros faziam parte da vida do heróis. Mas diversas maluquices como mudança de personalidade, casamento desfeito magicamente e enriquecimento repentino, alteraram completamente a essência do personagem que chegou até mesmo a sofrer boicote em suas revistas por conta do desagrado dos fãs.

Hoje ele não é mais o grande carro chefe da Marvel. Peter Parker é solteiro, CEO de uma grande multinacional, tem um carro voador, tecnologia de ponta e menos apelo do que antes.

 

Miles Morales – Ultimate Homem Aranha

Vindo do universo Ultimate da Marvel, o herói passou a fazer parte do universo normal após a bagunça da saga Guerras Secretas. Além de fazer parte dos Vingadores e ter uma papel importante na Guerra Civil II, o personagem criado e escrito por Brian Michael Bendis fez sucesso por ser conectar bem ao público adolescente, por trazer mais representatividade para os heróis da Marvel, sendo ele afro-latino-americano, e também de certa forma possuir a característica que o Homem Aranha original perdeu: ter que lidar com problemas da vida cotidiana ao mesmo tempo em que banca o super herói.

Seus poderes se assemelham aos de Peter Parker já que foi picado pela mesma aranha, mas ainda possuem algumas diferenças, como a habilidade de ficar invisível e uma ferroada. Quanto à personalidade, Miles Morales é carismático de um jeito diferente do Aranha original e não faz tantas piadas durante uma luta.

 

Jessica Drew – Mulher Aranha

Já houveram diversas mulheres aranhas no universo Marvel. E geralmente sem ter nada a ver com o Homem Aranha original. Mas ainda assim não se pode ignorar a primeira e mais relevante delas: Jessica Drew.

Jessica é uma heroína que já foi parte dos Novos Vingadores, agente secreta da Hydra e da Shield, investigadora particular, foi substituída por uma rainha skrull e também já foi alvo de polêmicas devido às suas silhuetas em suas revistas próprias. Atualmente ela é mãe! Apesar do nome, as habilidades da Mulher Aranha não se parecem tanto assim com as de um aracnídeo. Além do voar, seu poder mais legal é o uso de feromônios para fazer com que homens se sintam atraídos por ela. Esses poderes foram adquiridos através de um cientista chamado Alto Evolucionário.

 

Miguel O’hara – Homem Aranha 2099

Menos conhecido pelo público, Miguel Ohara fez sua primeira aparição na Revista Homem Aranha 2099, lançada na década de 90. As histórias se passavam em uma versão alternativa do futuro da Marvel que se passava em 2099. Recentemente tivemos alguns encadernados que contavam as primeiras histórias do personagem e hoje, também após os eventos de Guerras Secretas, ele se integrou ao universo normal da Marvel. Como um bom Homem Aranha, ele também se tornou amigo de Peter Parker.

Seus poderes surgiram de maneira diferente. Quando, já adulto, Miguel O’hara se envolveu em um acidente de laboratório de uma empresa que estudava os poderes do Home Aranha original. Hoje ele enfrenta seus próprios problemas vivendo em seu passado (nosso presente) ao mesmo tempo em que lida com questões ainda inacabadas de seu presente (nosso futuro). Fica tudo meio confuso às vezes, mas vale a pena ler.

Leia Mais

Gangsta – Soldados, párias, assassinos, máfia e dois caras legais!

Procurando por aí, um novo mangá para ler e gostar, acabei esbarrando em Gangsta.

E foi uma ótima surpresa ler esse mangá as escuras, sem nenhuma expectativa ou informação prévia e ser impactado por uma história profunda, engraçada e cheia de ação.

Sinopse: a história gira em torno de Nicolas e Worick, dois homens que executam trabalhos tanto na máfia, quanto na polícia da cidade de Ergastulum, uma cidade podre comandada pela máfia, criminosos, prostitutas e policiais corruptos. Eles são aqueles que pegam os trabalhos que ninguém mais quer. Certo dia, um policial que eles conhecem na cidade pede sua ajuda para derrubar uma nova gangue que está devastando o território em nome de uma família mafiosa. Parece que vai ser o procedimento de sempre, mas os dois aprenderão rápido que esse trabalho é muito mais complicado do que eles esperavam.

Logo no primeiro volume desse mangá, você já conseguirá perceber uma trama mais profunda que envolve os problemas da cidade e a relação entre os dois protagonistas.

Nicolas, um twilight surdo, cabisbaixo e sarcástico, trabalha junto com Worick, um gigolô boa pinta, sempre de bom humor e falastrão.

Com os dois, ótimas cenas de ação acontecem e também as engraçadas, com os “problemas” que Worick tem com as mulheres e os problemas de comunicação que acontecem com Nicolas, por ele ser surdo.

É importante ressaltar que eu achei incrível esse mangá ter um protagonista surdo (não me lembro de nenhum outro) e de junto com seu parceiro, eles estarem muito longe do que imaginamos dos possíveis mocinhos de uma história. Veja bem, eles são os mocinhos de uma cidade completamente corrupta e socialmente deteriorada. Eles não sobreviveriam se fossem uns mocinhos 100% do bem.

Porque são do bem? Logo no primeiro volume você terá uma prova do que estou falando. Worick e Nicolas durante um serviço pra máfia, “salvam” a vida de uma garota (Alex). E não só isso. Tiram ela das ruas e levam para trabalhar na agência deles. Sem ter muito o que ganhar com essa situação, só podemos ver como uma atitude altruísta. Digna dos mocinhos.

Algumas coisas me chamaram atenção nesse mangá também. São as homenagens/inspirações que ele pega de outras obras.

Primeiro os personagens vivem em uma cidade totalmente fechada por murros, aprisionando seus moradores, mantendo todas as pessoas “indesejáveis” longe do resto do mundo, esta cidade chama Ergastulum (na roma antiga, era o edifício usado para aprisionar os escravos perigosos). Muito acertado esse nome não é mesmo?!

O sistema de famílias mafiosas dentro da cidade, cada uma controlando uma área e um tipo de comércio no mercado negro, parece muito com os antigos filmes de máfia e guerras entre famílias rivais.

Sobre os twilights (pessoas que foram criadas para o combate durante a grande guerra, geneticamente mais fortes e mais rápidas, mas vivem apenas 30 anos, pois seus corpos não aguentam todo o poder durante muito tempo), eles vivem agora num período sem guerra com outros países, mas foram criadas para o combate e sob três regras básicas. Essas três regras são as mesmas criadas por Isaac Asimov, em “Eu, Robô”, só que no mangá, reutilizadas para os twilights. As três leis dizem: um twilight não pode ferir um humano ou permitir que um humano sofra algum mal; os twilights devem obedecer às ordens dos humanos, exceto nos casos em que tais ordens entrem em conflito com a primeira lei; e um twilight deve proteger sua própria existência, desde que não entre em conflito com as leis anteriores.

E é por essas referências e tantas outras coisas boas desse mangá (não vou escrever sobre todas elas aqui, pra você ter alguma surpresa na leitura), que atualmente é o meu mangá preferido e com certeza esse mangá entra no meu top 10.

Nota HQQISSO:

 

 

 

Bom pessoal, por hoje é isso.

Espero que eu tenha conseguido passar um pouco da minha animação com esse mangá e que você tenha ficado com vontade de ler também!

Boas leituras para todos e até a próxima!

Leia Mais

HQs Star Wars: Vader – Nono Assassino e Esquadrão Perdido

Você aí que gosta do glorioso Darth Vader, hoje venho com duas indicações bem legais do nosso querido Lorde Sith.

As hq’s O Nono Assassino e O Esquadrão Perdido.

Em O Nono Assassino, Vader está sendo caçado. O braço direito do Imperador, após suas matanças em nome da paz e da ordem, arranjou alguns inimigos. Um deles decidiu matar Vader e para isso começou a contratar assassinos. Mercenários de toda a galáxia se apresentaram para o trabalho. Como você pode imaginar, apenas o nono assassinou conseguiu algum resultado. Como você pode imaginar, o assassino não se deu muito bem, mas é muito interessante para os fãs de Star Wars, ver que existiram outros seres poderosos e que podiam desafiar Vader, ver que o poder do Império não era absoluto e que havia dissidências dentro desse governo. Como sempre, Vader mostra todo o seu potencial, tanto em combate, como em percepção, sempre muito atento aos desígnios da Força.

Sinopse: Arrasado com a morte de seu filho pelas mãos de Darth Vader, um rico comerciante dedica seus esforços e sua fortuna para se vingar do Lorde Sith e contratar um assassino capaz de matá-lo. Após diversas tentativas fracassadas, ele encontra um impiedoso mercenário que se diz à altura da tarefa, mas a missão acaba se mostrando mais complicada do que ele imaginava. Com um atentado à vida do Imperador, o assassino consegue atrair seu alvo a um estranho planeta dominado por um culto de adoradores do caos, onde Vader seria mais facilmente emboscado — porém, se a armadilha falhar, a arma mais poderosa da galáxia pode acabar caindo nas mãos do Império.

NOTA HQQISSO:

 

 

 

Em O Esquadrão Perdido, as capacidades e determinação de Vader são testadas, quando ele é enviado para recuperar o filho do Moff Tarkin, que se perdeu junto com todo o seu esquadrão na Nebulosa Fantasma. Vader, além de ser traído por seus próprios homens, é assombrado pela dúvida de como poderia ter sido a sua vida se ele tivesse ficado ao lado dos Jedis. O mais legal nessa hq é que ela explora o lado cruel e pragmático de Vader,
quando ele propõe ao Imperador, matar jovem Tarkin, já que assim, seu pai seria um aliado mais poderoso, assombrado pela morte do filho e em busca de vingança contra os rebeldes. Será que o Imperador aceitou essa proposta?

Sinopse: Ao trair a Ordem Jedi e aliar-se a Palpatine, Anakin Skywalker se tornou Darth Vader, o segundo homem mais poderoso e temido da galáxia, atrás apenas do próprio imperador! Ao receber a importante missão de resgatar o desaparecido almirante Garoche Tarkin – filho do Grande Moff Tarkin -, Vader começa a ser assombrado por um fantasma de seu passado e por visões do que poderia ter sido sua vida caso tivesse ficado ao lado dos Jedis e enfrentado o maligno Palpatine. Para ter sucesso na delicada tarefa que recebeu, Vader terá de enfrentar motins, traições e seu inimigo mais implacável: sua própria consciência!

NOTA HQQISSO:

 

 

 

Mas peraí… se eu falei tão bem das HQs, porque dei só nota 3 para os dois?

Calma, vou explicar.

As duas hqs são boas, é uma leitura rápida e divertida.

Mas…

O que elas acrescentam ao que já sabemos sobre Vader e sobre o Império, é muito pouco. Poucos também são os momentos empolgantes ou desafiadores. Parece que Vader tem tudo sobre controle o tempo todo, que ele está um passo a frente de todos, quando na verdade, o que essas hqs mostram é que a galáxia é muito grande para ser controlada com mãos de ferro.

Queria eu, ter visto o poderoso Darth Vader passar alguns apertos maiores, ter se complicado e até mesmo falhado em alguns momentos. Seriam leituras mais desafiadoras e propostas mais complexas de roteiro, que talvez faltaram nas duas histórias.

Ainda sim, sugiro a leitura das duas hqs, para fãs de Star Wars e do Vader e para quem gosta de histórias de ação, traição e arrependimentos.

Bom pessoal, por hoje é só!

Boas leituras para todos e até a próxima!

Leia Mais

Você já viu HQ – Edição Especial?

A HBO, linda como ela só, está exibindo uma série de documentários, em parceria com a RT Features, que trata sobre a trajetória das histórias em quadrinhos no Brasil, falando sobre seus principais artistas, obras e momentos que influenciaram a indústria. Ao todo serão 10 episódios com duração de uma hora.

Confesso que só assisti 2 episódios até o momento, mas já foi o suficiente para adorar. O primeiro episódio relata o cenário dos quadrinhos brasileiros no século 20. Mostra a importância de Adolfo Aizen (que muitos leitores nunca ouviram falar) e sua disputa com Roberto Marinho, a criação do Zé Carioca e o sucesso das HQ’s nacionais de terror. O segundo foca inteiramente no império construído por Maurício de Souza.

No site da HBO você pode conferir a sinopse de cada episódio ainda por vir. Artistas como Ziraldo, Laerte, Fábio Moon, Gabriel Bá, Mike Deodato Jr., e muitos outros aparecem, dão entrevistas e contam mais detalhes sobre suas carreiras e pontos de vista sobre os acontecimentos.

Abaixo você pode conferir o trailer da série. Vale a pena!

 

Leia Mais

Se tá difícil ler, imagina escrever.

Essa semana o blog andou meio parado. Não gostamos quando isso acontece, mas infelizmente dois fatores contribuíram bastante para esse desfecho:

1 – Muitos compromissos da  ̶i̶n̶c̶r̶i̶v̶e̶l̶m̶e̶n̶t̶e̶ ̶c̶h̶a̶t̶a̶  vida adulta
2 – Não tem havido muito coisa legal sobre o que escrever

O primeiro fator até dá pra entender, afinal de contas se você viver o bastante com certeza também irá passar por isso. Mas o segundo é de doer. De tudo que li nas últimas semanas, tanto de notícias sobre quadrinhos quanto as próprias histórias, não tive vontade de escrever sobre nada.

E por que isso acontece? Porque o mercado dos quadrinhos está passando por um momento doloroso no quesito criatividade e oportunidade. Para provar decidi enumerar alguns fatores:

1 – A DC está recomeçando tudo de novo (outra vez) e leitores mais velhos já estão esgotados de tanto reboot.

2 – A Marvel está apenas reciclando velhas fórmulas fazendo personagens antigos passarem o manto para novas versões adolescentes.

ironheart

3 – Os quadrinhos nacionais que seriam uma boa saída, infelizmente ainda são bem menos acessíveis e mesmo com tantas campanhas legais no Catarse obviamente demora até você poder ler eles.

4 – As revistas europeias além de também serem difíceis de encontrar não são nada baratas. O mesmo acontece com as graphic novels capa dura de diversas editoras.

5 – O mercado de mangás, por outro lado, pelo menos vive uma fase um pouco melhor. Com vários títulos nas bancas e bem diversificados ele só sofre mesmo com a alta geral dos preços.

Mangás

Mas apesar de toda essa reclamação acredito que o cenário irá melhorar. Sempre melhora! É só ter paciência. Enquanto isso, ao invés de utilizar esse post para indicar HQ’s para os leitores, como geralmente fazemos, gostaria que você nos sugerisse algo para ler e comprar durante esse tempos difíceis. É só deixar sua sugestão nos comentários.

Muito obrigado!

Leia Mais

Canário Negro, O Som e a Fúria | Crítica

blackcanary-brendenUm novo olhar sobre essa heroína e até pra quem não conhecia antes, é uma ótima leitura.

Canário Negro – O Som e a Fúria, inclui as 7 primeiras edições, lançadas originalmente em Black Canary, de Brenden Fletcher, com artes de Annie Wu e Pia Guerra e cores incríveis de Lee Loughridge.

Com a chamada na contra capa de “A banda mais perigosa do mundo”, o conteúdo da hq corresponde as expectativas, mas sem ser impressionante.

O argumento de Brenden é interessante, com reviravoltas e novas informações a cada edição, que deixam a trama mais complexa e instigante. Ressalto aqui a personagem Ditto (o que ela é) e uma pequena questão de viagem no tempo e espaço, que foi totalmente inesperada pra mim em uma hq como essa e claro, uma ótima surpresa.

Na arte de Wu (edições 1, 2, 3 e 7) e Guerra (edições 4, 5 e 6) não faria nenhum retoque, mas preciso salientar as cores de Loughridge.

Como você faria para representar o som no papel, de uma maneira visualmente fluida e ainda assim com corpo e extensão?

Cores meus amigos, cores, muitas cores fortes. E ficou incrível.

Como você deve saber, o poder da Canário Negro é o grito. Na verdade, poderosas ondas sonoras emitidas com as suas cordas vocais e a forma como eles representam esse poder nessa hq é realmente um destaque.

black-canary-band

Na trama, Dinah (Canário Negro), entra pra uma banda, que passa a se chamar Canário Negro (oh!!!!) e ela e suas garotas saem em turnê pelo país. Desde o início fica claro o temperamento explosivo da heroína, também um mistério sobre a pequenina guitarrista da banda, chamada Ditto e o fato de elas estarem sendo perseguidas por alienígenas, além de fãs descontrolados e bandas rivais furiosas.

Esse primeiro compilado de edições é um arco fechado de histórias e por isso vale a pena ser comprado, é claro que ele tem um gigante cliffhanger para as próximas edições, mas você também pode parar por esse mesmo que está tudo bem.

Outra coisa muito bacana dessa hq lançada pela Panini são as capas das edições originais, inclusive as capas variantes lançadas lá fora que possuem pérolas como essa:

black-canary-6-variant

Pra finalizar, como sempre em nossas críticas, a nota que não pode faltar e pelo fato de ter superado as minhas expectativas com relação a arte e algumas reviravoltas (viagem no tempo é lindo), essa hq merece um enorme:

nota-hqqisso-4

 

 

Bom pessoal, por hoje é só.

Se você leu essa hq e gostou, comente aí o que você achou.

Um abraço a todos, até a próxima e boas leituras. E boas músicas também!!!!

blackcanary-pag

Leia Mais