Category Ponto de vista

Sem comentários Em Novidades, Ponto de vista  - 7 de novembro de 2013 -  Postado por  Gibas 

O Arqueiro Verde agora tem um revista própria no Brasil e estréia em grande estilo.

Lançada no mês passado pela Panini, Arqueiro Verde #1, trás a nova fase de Oliver Queen, que nos EUA aconteceu a partir da revista número 17.

Apesar da revista ter o nome do herói, nela mais duas histórias. Aves de Rapina e Exterminador.

Sobre a nova fase do Arqueiro, uma coisa não passa despercebido. Essa HQ é para um público bem mais jovem do que eu (25 anos de idade).

O próprio Oliver Queen foi rejuvenescido ao máximo que eles puderam (só não foi mais, porque seria tenso ter uma criança atirando flechas explosivas) e a própria temática da história divisa muito bem para qual público ela foi escrita.

O jovem, inconsequente e incompreendido Queen, herdeiro de um império, é obrigado a crescer rapidamente, quando sua vida de super-herói nas horas vagas e playboy em tempo integral é jogada pro espaço após uma série de assassinatos e explosões que atingiram a vida dupla de Queen de todas as formas. O jovem agora se vê sendo caçado por um misterioso assassino e vai ter que suar a camisa para poder recuperar sua vida e seu status de herói.

É com essa sinopse que eu digo. Não gostei muito desse novo Arqueiro Verde. Digo o personagem principal mesmo.

Mas tem algumas coisas na história que me agradaram muito.

Primeiro foram os desenhos de Andrea Sorrentino, que depois da revista Eu, Vampiro, me agradou bem mais nos desenhos e na disposição dos quadros. Sorrentino faz traços muito mais compreensíveis e seus quadros dão uma rapidez e movimento para a história, muito necessários para a vida corrida do Arqueiro.

Quanto ao roteiro de Jeff Lemire (Homem-Animal, Sweet Tooth) me parece que ele terá muito mais sucesso em seu vilão do que no herói principal. Como esse é um reboot do reboot, será muito difícil agradar o público com o novo Arqueiro, mas todo mundo gosta de um bom vilão.

A verdade é: eu quero o velho Arqueiro de volta.

Se a HQ for apenas para pegar o público que está assistindo a série Arrow da TV, aí talvez Lemire tenha algum sucesso.

Nas outras histórias da revista, temos as Aves de Rapina, que está no mesmo lenga-lenga de sempre e Exterminador, que não teve muito para se analisar na primeira história, mas já podemos ver que ele terá que usar suas habilidades para matar o que não pode ser morto. Um belo desafio para Slade.

Vamos esperar as próximas edições e ver como se desenvolvem essas histórias e se serão dignas de um novo post.

Ate lá, um abraço a todos e boas leituras.

AVALIAÇÃO HQQISSO:

Um comentário Em Imagens, Ponto de vista  - 30 de outubro de 2013 -  Postado por  Gibas 

Milo Manara é um gênio. Talvez não em roteiros. Mas em desenhar mulheres.

Sem comentários Em Imagens, Novidades, Ponto de vista  - 23 de outubro de 2013 -  Postado por  Gibas 

Milo Manara é um artista italiano com mais de 60 obras em seus 40 anos de trabalho e famoso por seu desenhos, principalmente de corpos nus, principalmente de mulheres nuas. As mulheres de Manara são as mais belas das HQ’s. Ponto.

O artista então decidiu recontar a história da humanidade de forma mais rápida, simples, sexual e crítica.

Porque é assim que ele é.

Arte é arte. E Manara é um dos maiores artista do mundo dos quadrinhos.

Com vocês a história da humanidade por Milo Manara.

Sem comentários Em Novidades, Ponto de vista  - 10 de outubro de 2013 -  Postado por  Gibas 

Toda a série Antes de Watchmen tem o intuito de contar as origens dos personagens e como eles chegaram a ser o que vemos em Watchmen. A HQ do Dr. Manhattan é a que melhor faz isso.

Tudo começa com Jonathan Osterman ainda criança e os ensinamentos de seu pai sobre o conserto de relógios.

Isso é muito importante para entendermos a personalidade dele lá na frente, quando ele se torna o Dr. Manhattan.

Ainda muito novo, Jonathan criou uma espécie de amor e fixação em consertar relógios e um prazer imenso em perceber que através de suas mãos, uma coisa ganhava “vida”.

Seu destino era seguir os passos do pai, mas a invenção da bomba atômica mudou tudo, inclusive a história de Jonathan.

Muito inteligente e aplicado, ele conseguiu emprego em um projeto de experiências físicas de alto nível. Apaixonou-se. E sua obsessão por relógios, fez com que ele arrumasse o relógio da bela Jane.

Se caso ele soubesse o desenrolar dos fatos posteriores, ele jamais teria feito isso.

O resto da história você já sabe. Como ele se torna o Manhattan e o por quê.

A HQ em questão foca-se mais na mente, pensamentos e poderes do recém criado Dr. Manhattan.

Ao perceber a amplitude de seus poderes, ele entende que se tornou um observador quântico. Capaz de avançar ou atrasar no tempo, de perceber eventos muito além das capacidades do homem.

Ele tornou-se tão poderoso, que em uma conversa com o Ozymandias, ele deixa claro a extensão de seus poderes.

Após teleportar ele mesmo e Ozymandias, Ozy pergunta a Manhattan como ele faz isso:

Ozy: Como você faz isso? Você desagrupa as moléculas do corpo em lugar e remonta em outro?(o que já é absurdamente fantástico)

Manhattan: Não. Isso implicaria na destruição do indíviduo. Eu apenas dobro o espaço e o tempo, para que eu não tenha que me mover.

Ozy: Então você acha mais fácil dobrar o universo do que mover um homem?

Manhattan: Mais fácil não. Menos destrutivo. Pelo menos para você.

Esse diálogo (que coloquei aí de cabeça, então ele é só parecido com o original) exemplifica perfeitamente a capacidade dos poderes de Manhattan, que seria capaz de desagrupar as moléculas de um ser e “montar” as mesmas em outro lugar. Ele possui o poder da criação e destruição. E passado, presente e futuro para ele são uma coisa só.

Uma passagem interessante da HQ é quando ele retorna ao passado e percebe que pode modificar as coisas. No entanto, ao modificar uma pequena coisa, ele não muda o futuro, mas cria uma outra linha temporal. Após várias mudanças ele entende que o que ele se tornou, não há como mudar.

E é aí que o leitor mais atento fica intrigado. Quando ele percebe que ele será o Manhattan para sempre, ele começa a destruir as realidades paralelas derivadas de suas mudanças. Aí você se pergunta: ele está destruindo universos? Trilhões de vidas? Apenas apagando o que não era para existir?

Difícil responder essas perguntas. Mas de uma coisa eu sei. Manhattan não é um herói.

Como todo homem que se torna poderoso de mais começa a desprezar certos aspectos da vida, Dr. Manhattan tornou-se o ser mais poderoso do universo e passou a desprezar a existência de tudo.

Ele pode criar e destruir qualquer coisa. Pode viajar no tempo e ver tudo o que quiser. Os problemas do dia-a-dia, as relações humanas, problemas econômicos ou políticos não interessam mais para ele.

Ele se tornou o Observador Quântico, único e sozinho. Sua função agora é presenciar os fatos, sem interferir. Para isso, ele precisa ficar longe da humanidade, pois em contato com ela, Manhattan vai descobrir que é impossível ser apenas um observador.

AVALIAÇÃO HQQISSO

Sem comentários Em Novidades, Ponto de vista  - 30 de setembro de 2013 -  Postado por  Gibas 

O Quarteto Fantástico possui um dos inimigos mais extraordinários e complexos do universo Marvel.

Victor Von Doom ou apenas Doutor Destino, é apenas um homem contra quatro super-seres.

Mas seu intelecto e ódio, com certeza, equilibram a batalha.

Quarteto Fantástico 1234 é sobre a disfuncional família fantástica, suas desavenças, falhas e problemas. O Dr. Destino é apenas o vilão que explora essas falhas para atingir cada um dos membros da equipe, até chegar no senhor Fantástico, Reed Richards.

O plano é simples, tirar cada membro da equipe da jogada, deixando Reed desprotegido e vulnerável. Para isso, Destino se aliou ao Toupeira e a Namor. Destino cuidou do Coisa, Toupeira ficou com o Tocha e Namor com a invisível Sue Storm.

Assim começa essa HQ que possui um elemento impossível de compreender até o seu final. Como Destino está mexendo com a vida dos heróis?

Através de uma máquina, Destino está conseguindo alterar a realidade (ou pelo menos foi isso que eu entendi). E de alguma forma ele consegue fazer o Coisa voltar a ser um homem normal, colocar lembranças que não existem na mente de Reed e por ai vai.

O roteiro de Grant Morrison, pra variar, é bem complexo ou confuso, nunca sei realmente o que ele escreve. O que Destino está armando e o que Reed está fazendo para contra atacá-lo não fica muito bem explicado, mas Morrison acerta muito em um ponto da HQ. A interação entre os heróis e os problemas de convívio.

Um dos pontos chaves da HQ é o fato de Reed ser um gênio e, por isso, ele não explica para seus companheiros o que ele está fazendo, talvez eles nem tenham a capacidade de entender o que ele está fazendo. Então Reed simplesmente se afasta sem dar notícias. Para o resto do grupo, ele é um gênio que não faz muita coisa (pensamento do Tocha), ou um amigo ausente (pensamento do Coisa), ou um amante ausente (pensamento da Sue).

Assim, com a ausência do Sr. Fantástico o grupo perde foco, coesão e pode ser facilmente derrotada. Reed é o homem que dá liga ao grupo.

A arte de Jae Lee ajuda muito nesse ponto, a entender como cada integrante é afetado pela negligência de Reed.

Tocha Humana aparece em várias cenas com a cabeça em chamas, como se ele estivesse desequilibrado a ponto de não conseguir controlar totalmente o se poder.

O Coisa apesar de ser de pedra possui muitas expressões faciais que ajudam a captar sua insatisfação e vontade de arranjar uma briga, só pra aliviar a tensão.

Já a Sue Storm tem todo um diálogo com outra personagem, que é cega, estando em sua forma invisível. Não é só pelo fato da outra pessoa não poder ver, ela está externalizando o sentimento de abandono e incompreensão que seu marido ausente promove.

Deixando de lado todos os por menores dessa HQ, eu gostei bastante, apesar de não gostar muito da criatividade desconexa de Morrison.

Essa é HQ é acima de tudo, sobre a família.

Não sobre a ideia já batida que a família deve sempre estar junta e que você deve fazer tudo por sua família, mas uma ideia de que mesmo um membro da família estando afastado, ele pode ajudar e trabalhar para que no final a família esteja mais forte e unida.

AVALIAÇÃO HQQISSO:

Sem comentários Em Novidades, Ponto de vista  - 20 de setembro de 2013 -  Postado por  Gibas 

Laurie Júpiter não pertence ao seu tempo.

Criada pela mãe para assumir o posto de Espectral, Laurie não teve a infância e adolescência que todos gostariam.

Impedida de se aproximar de meninos, forçada a fortalecer seu corpo e aprender a se defender, sem conhecer o pai, vivendo somente uma mãe dura e os terríveis boatos que ouvia na rua sobre ela.

Assim começa Antes de Watchmen: Espectral, de Darwyn Cooke (The Spirit) e Amanda Conner (Power Girl).

Laurie vive com sua mãe, da escola pra casa, em casa treina, em pouco tempo será a nova Espectral, heroína que sua mãe já foi e agora é apenas uma sombra que reside em uma mulher amarga e fria que faz de tudo para esclarecer a sua filha quanto a podridão dos homens e que ele deve se afastar ao máximo.

Mas Laurie está crescendo, seu corpo mudando, logo ela será a Espectral e antes disso, sua curiosidade a levará para próximo dos homens.

Cooke faz um roteiro fechado, que não deixa dúvidas sobre o destino da protagonista. A mãe de Laurie não só criou ela para ser uma heroína, como também faz de tudo, moralmente certo ou errado, para que ela cumpra seu destino imposto.

No entanto, o ponto alto da HQ, não é a relação das duas personagens, nem alguma cena com elas, mas a aparição de um velho amigo.

O Comediante.

Sim ele mesmo, aquele cara durão que quebra a cara de todo mundo e aqui não é diferente. Mas sua função é muito mais discreta e muito mais errada. Ele é o cara que aceita qualquer serviço ou pedido. Moral não é o ponto forte dele e podemos dizer que o caminho de Laurie só chegou ao ponto que vemos em Watchmen, por causa do Comediante. E por todas as causas possíveis.

Quanto a Conner, seu desenhos contribuem muito para uma HQ que envolve lutas, drogas, sexo e choros.

A todo tempo Laurie parece uma menininha perdida na cidade, maravilhada com seu namorado e uma vida de paz e amor. Mas quando preciso, utilizando sua sensual roupa de combate, Laurie parece uma mulher determinada e astuta, forte e até um pouco sádica.

Parece que os ensinamentos de sua mãe não ensinaram somente como se defender, mas também a machucar, causar dor e sofrimento. E Laurie parece gostar muito disso. Não porque ela goste somente de machucar por machucar, mas porque ela pode.

As viagens de LSD também são muito bem representadas por Conner, que mostra a droga levando Laurie a lugares felizes e coloridos, que rapidamente se tornam pesadelos, misturando realidade, as histórias sobre a mãe e seu futuro.

Espectral é uma HQ bem completa, tendo quase tudo que um roteiro pode oferecer. A única coisa que ele não tem é comédia. É uma história que pode te fazer refletir sobre várias coisas. Hippies, drogas, sair de casa, abandonar os pais, trabalho, destino, amor, sonhos, mas de tudo que essa HQ oferece, comédia não está presente.

O que é uma bela contradição, Já que um personagem importantíssimo na vida de Laurie se chama Comediante e o que ela menos faz é sorrir.

A mulher que Laurie viraria depois de alguns anos, é fruto de seu passado contido nessas páginas.

AVALIAÇÃO HQQISSO:

Para terminar, fiquem com mais duas imagens e até a próxima!!! (clique na imagem)