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17
fev
2016

Asterix: O Papiro de César – Crítica

1berto
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Uma vez mais fomos agraciados com um novo volume de Asterix, e novamente pelas competentes mãos de Jean-Yves Ferri (roteiro) e Didier Conrad (desenhos). Responsáveis pelo última história do pequeno gaulês, Asterix entre os Pictos, a dupla mostra novamente que não somente tem um grande respeito pela obra de Renné Goscinny e Albert Uderzo, mas que também possuem capacidade de dar continuidade à ela de maneira bem competente.

AsterixPapiroCesar_Trecho

Obviamente é  difícil evitar comparações, não somente com a última edição feita por eles, mas também com as antigas do autores originais. Em relação ao último volume, eles claramente evoluíram: o novo é mais divertido, cômico e bem desenhado. O problema é na hora de avaliarmos em relação aos antigos clássicos, pois Asterix teve duas fases, e fazer qualquer comparação sem distingui-las pode ser bem injusto.

Renné Goscinny era um gênio que partiu cedo demais. Seus roteiros de Asterix eram fantásticos e as referências históricas ótimas (dica: ler os álbuns de Lucky Luke escritos por ele), e junto com Uderzo que, é um tremendo desenhista, eles criaram histórias memoráveis. Mas infelizmente toda essa qualidade se perdeu quando Goscinny morreu e Uderzo passou a escrever e desenhar as histórias sozinho. Uderzo criou algumas edições boas e outras ruins, ma de maneira geral, o padrão havia caído muito e até mesmo alguns detalhes do universo de Asterix foram alterados.

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Enfim, se comparadas às histórias mais clássicas de Asterix, as novas chegaram perto (principalmente a arte) do antigo padrão de qualidade, mais ainda não estão no mesmo patamar. E se comparadas às edições feitas somente por Uderzo, elas superaram e deram novo fôlego à franquia. Considerando tudo que já foi feito desde que a primeira edição foi lançada em 1959, nada mais justo do que considerar a fase atual um grande sucesso.

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