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Crossovers frustrantes, até quando?

Não é de hoje que tanto Marvel quanto DC adoram criar sagas onde duas de suas super equipes (geralmente de heróis) saem no tapa por discordar de algum assunto importante. Geralmente a briga acontece apenas dentre seu próprio universo, como, por exemplo, a saga Liga da Justiça vs Titãs e Vingadores vs X-Men. Mas também temos a mistura entre as editoras, que resultou em Vingadores vs Liga da Justiça e outros crossovers menores que aconteceram durante os inesquecíveis anos 90.

No geral, esse crossovers atraem a atenção do público e da mídia, ajudando a cumprir o principal objetivo das editoras: vender revistas. E isso é errado? Não. O trabalho delas é esse mesmo. Então qual o problema? O problema está na mediocridade e previsibilidade das histórias. Toda vez é a mesma coisa!

Temos de cada lado um grupo bem intencionado de pessoas super poderosas. No entanto, devido à algum mal entendido e à falta de comunicação (pra que conversar se eu posso arremessar um raio, né?!) nenhum lado explica calmamente seu ponto de vista e todo mundo sai na porrada. Obviamente o roteirista não pode puxar sardinha para nenhum lado, senão os fãs iriam reclamar. Então todo mundo acaba bem na fita até que chega o momento em que todos percebem que na verdade devem se unir para derrotar o verdadeiro inimigo. Após isso temos combos de super heroísmo e recursos deus ex machina para resolver a questão.

Se essa descrição teve pontos que lhe pareceram familiar em alguma saga que você já leu, não foi coincidência. É a formula utilizadas todas a vezes. Leia Inumanos vs X-Men, Liga da Justiça vs Esquadrão Suicida, as outras sagas já citadas, e depois qualquer outra à sua escolha (a lista é ENORME) e em seguida se pergunte se elas não parecem ter o mesmo enredo.

Disputas entre equipes heroicas não deveriam vender apenas por causa dos personagens. A história deveria ajudar! Mas infelizmente não é o que acontece. Até que isso mude, minha sugestão é: não fique na ansiedade pela próxima saga e procure outra coisa para ler. Tem muito material bom por aí cuja função não é ser somente um caça níquel.

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Gavião Arqueiro | O Aquaman da Marvel!

Lá nos anos 60 quando as grandes equipes dos quadrinhos foram criadas e tiveram suas primeiras aventuras, Liga da Justiça (1960), Quarteto Fantástico (1961), X-Men (1963), Vingadores (1963) e Novos Titãs (1964) começaram com suas formações originais e desde então foram alteradas, desmanchadas, retalhadas, remontadas, renovadas e “rebootadas” várias vezes, mas uma constante é a mesma: toda grande equipe tem um personagem que parece ser o pior, o mais fraco em poder, com habilidades pífias e uma importância questionável.

Foi desse lugar que saiu a ideia e a comparação: seria o Gavião Arqueiro na Marvel o equivalente ao que o Aquaman é na DC.

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Seriam os dois renegados, injustiçados e abandonados a própria sorte? Ou teriam público, adoradores e pessoas que querem fazer dos dois grandes personagens?

Respondendo a pergunta, se o Gavião Arqueiro seria o sinônimo de Aquaman na Marvel, vamos aos fatos:

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1 – Pertencem a grandes equipes

Gavião Arqueiro não é fundador dos Vingadores. Entrou no que podemos chamar de segunda fase da equipe, quando eles começaram a adicionar novos membros ao grupo. A formação da época era com Homem de Ferro, Capitão América, Thor, Vespa, Gigante/Homem Formiga, Mercúrio e Feiticeira Escarlate. Ou seja, lá estava o Gavião Arqueiro e suas habilidades no meio de super poderosos.

O Aquaman é um pouco diferente. Estava na liga desde sua fundação. Mas para sua infelicidade, de todos os personagens, seus poderes eram os mais limitados, sempre envolvidos com as águas e animais marinhos e pouco se falava de sua força física, resistência e que ele era líder de um povo.

2 – Pavio curto

Os dois personagens são bastante esquentados e não levam desaforos pra casa. De ninguém!

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3 – Esposas também são heroínas

Gavião foi casado durante anos com a Bobbi Morse, mais conhecida como a heroína Harpia.

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Já nosso Aquaman tem desde sempre ao seu lado a incrível Mera, que governa ao seu lado em Atlântida.

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4 – Utilizam de tácticas variadas para conseguir a vitória

O Gavião tem infinitas flechas guardadas naquela aljava nas costa dele. Tem de tudo. Flecha normal, com cola, que explode, com gancho, com bombas de gás, tudo que você imaginar. Mas um dos melhores usos foi lá no início das histórias do personagem, quando ele lançou incríveis flechas de ferrugem no Homem de Ferro.

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O Aquaman pode comandar diversos animais, tem poderes sobre as áquas, além de ser incrivelmente forte e resistente, mas ele já fez muita coisa inusitada e talvez a maior delas tenha sido jogar um urso polar em alguém.

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5 – Todo mundo acha que é um bosta, mas gosta!

Pra finalizar, a grande verdade. Sempre que você vê um dos dois, lado a lado com suas equipes, eles parecem menores, mas funcionam muitas vezes como alívio cômico e diversos escritores se dedicaram a dar uma importância maior para eles e colocá-los no foco das atenções.

As histórias do Aquaman escritas por Geoff Johns e Ivan Reis e as histórias do Gavião Arqueiro por Matt Fraction são um exemplo disto. São histórias que se aprofundam na vida desses heróis, tirando eles das grandes equipes e mostrando como funciona o dia-a-dia deles e a relação com outras pessoas.

E você, o que acha dos dois heróis???? Concorda que eles são sinônimos em universos diferentes???

Deixe seu comentário e opinião sobre post!

Por hoje é só pessoal, até a próxima e boas leituras para todos!

 

 

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Quadrinhos para leigos – parte 1

Certo dia pensando no que escrever e sofrendo com falta de inspiração, perguntei a um amigo: “Bródis, se você fosse ler um post sobre quadrinhos, o que cê ia querer ler?”. “Quadrinhos para leigos!”, ele respondeu. Naquela hora percebi 3 coisas:

1 – ajudar leitores novatos era uma das principais motivações desse blog
2 – é muito difícil simplesmente sugerir quadrinhos sem saber das preferências da pessoa
3 – as pessoas não sabem indicar quadrinhos para novos leitores

Essa terceira constatação é um pouco polêmica, mas ainda fácil de ser comprovada, principalmente quando o assunto é super heróis. É muito comum encontrarmos algum cidadão que na hora de sugerir HQ’S desse gênero já vai logo indicando O Cavaleiro das Trevas (Batman) ou Guerra Civil (saga da Marvel). Péssima ideia! Ainda que sejam ótimos quadrinhos, se o leitor não tiver algum conhecimento prévio das personagens, muito da obra se perde. Mesma coisa acontece ao dar Watchmen para alguém totalmente leigo ler. Pior ainda é quando o leitor sequer acha graça nos super heróis.

Devido a isso tudo, decidi fazer uma pequena série de posts, com sugestões de obras para leigos, dividos por categorias (porque não dá pra juntar tudo num balaio só). O objetivo aqui não será o de levar os leitores aos melhores quadrinhos já escritos, mas sim o de ajudar a galera que não sabe por onde começar a ler algo bom, que facilite o entendimento desse universo, e que não requeira experiências anteriores.

Nessa primeira parte iremos falar dos icônicos personagens da DC Comics.

Quadrinhos para conhecer a DC

Liga da Justiça – Origem (2011) | Geoff Johns, Jim Lee e Scott Williams

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O encadernado reúne as primeiras edições da revista mensal que renovou a Liga da Justiça, criando uma nova origem para a equipe e mostrando o início do complicado relacionamento de seus integrantes da primeira ameaça enfrentada. A revista também foi um dos carros-chefes da editora no lançamento da linha Os Novos 52.

Batman – O Longo Dias das Bruxas (1996)| Jeph Loeb e Tim Sale

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Diferente das histórias atuais do Homem Morcego, O Longo dia Das Bruxas não tem a presença de vários heróis e parceiros formando a grande “bat-família”. Temos apenas o Batman, mostrando seu lado detetive e também seu lado de herói vigilante. Além da presença de diversos inimigos clássicos, temos uma boa visão de como o crime funciona em Gotham City.

Mulher Maravilha – Deuses e Mortais (1987) | George Perez e Greg Potter

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Um dos clássicos da DC e talvez a história mais importante da princesa amazona, quando ela foi reformulada por George Perez. Apesar de muito de sua versão original ter sido preservada, a qualidade das histórias aumentou e a relação da personagem com o mundo mudou, criando um novo padrão a ser seguido dali por diante. Outra novidade foi introdução de seu maior adversário: Ares, o Deus da Guerra.

Superman – Grandes Astros (2006) | Grant Morrison, Frank Quitelye e Jamie Grant

superman

Grant Morrison claramente se baseou na da Era de Prata dos quadrinhos quando foi escrever o Superman no projeto Grandes Astros. Com um roteiro leve e simples, temos uma saga que reimagina vilões, aliados e relacionamentos do homem de aço, tanto como Clark Kent quanto como eu alter ego. Além de explorar como funciona o disfarce do herói (não são apenas os óculos) nos dá uma ideia de como o Superman percebe o mundo à sua volta. Altamente recomendado também para velhos leitores.

Lanterna Verde e Arqueiro Verde  – Sem Destino(1970) | Dennis O’Neil e Neal Adams

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Esta é uma fase muito importante para ambos personagens e para os quadrinhos norte-americanos. Dennis O’Neil decidiu escrever histórias com um tom mais sério, realista e sombrio, abordando temas polêmicos para a época, como drogas e racismo, e questionando o sonho e modo de vida americano. O Arqueiro Verde se tornou um personagem mais maduro e político. Enquanto isso o Lanterna Verde enfrentava desafios menos cósmicos e mais mundanos. No Brasil você pode encontrar essas histórias também nos Grandes Clássicos DC reunidos em 2 volumes.

Crise de Identidade (2004) | Brad Meltzer, Rags Morales e Michael Bair

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Sagas envolvendo diversos personagens podem ser complicadas de entender, pois é preciso ter acompanhado histórias anteriores. Mas Crise de Identidade me cativou na hora, mesmo na época eu não tendo grandes conhecimentos sobre o Universo DC. A trama é simples: alguém está matando familiares de heróis, e eles precisam descobrir quem é antes que mais morram. Daí em diante temos uma história que revela segredos e conflitos existentes dentro da Liga da Justiça. Não vou dar muitos detalhes para não estragar surpresas, basta dizer que é uma das melhores sagas já publicadas pela DC e que influenciou muito do que veio depois.

 

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Walls ou (como escrever uma ótima história de herói)

O que faz uma história de super-herói ser boa? A ação? O vilão? O desafio para salvar milhões? Se analisarmos a maioria das HQ’s que vemos mensalmente nas bancas dá até para pensar que ideia é essa. Mas em 2008 Brad Meltzer e Gene Ha mostraram que não é preciso nada disso. Na época responsável pelas revistas mensais da Liga da Justiça, Meltzer trabalhou com o brasileiro (e também muito talentoso) Ed Bennes durante várias edições, porém, foi na edição 11 com a história Walls (Muros) e ao lado de Gene Ha que ele realmente se destacou.

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Em Walls, Vixen e Arqueiro Vermelho estão soterrados. Não interessa nem o como nem o porquê, basta saber que estão sozinhos no escuro, sem ajuda e precisando sair dali. O roteiro foi tão bem escrito e a arte tão bem feita que o leitor consegue se sentir a aflição do personagens. Até mesmo a diagramação é destaque nessa edição.

Não foi à toa que os autores merecidamente levaram o prêmio Eisner de Melhor Edição Única. Além de ser uma aula de como fazer quadrinhos, a história deixa claro que nem todas as barreiras no nosso caminho são físicas.

Para ler é só clicar na imagem abaixo. Infelizmente um pouco da qualidade da imagem se perdeu na hora de converter de CDisplay para PDF. Portanto, se alguém quiser o arquivo original em qualidade maior é só pedir nos comentários que nós enviaremos. Boa leitura!

walls

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Com o tsunami de adaptações para as telonas de HQ’s consagradas (ou não), fica a cargo daqueles que gostam e querem conferir todos esses filmes, se perderem em meio a todas as datas, nomes, diretores, castings e mudanças entre os anúncio do filme e o dia em que você estará sentando assistindo no cinema. Então para descomplicar tudo isso e para eu mesmo poder saber quando saí cada filme, abaixo, dividirei com vocês essa gigantesca lista com nomes e datas dos próximos lançamentos de filmes relacionados à quadrinhos. Espero que gostem e que isso ajude vocês a se programarem ansiosamente para alguns desses filmes

2012

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Notícias relevantes, urgentes e comentadas #3

Superman ganhará um novo vilão:
Em novembro estreará o arco de histórias H’el on Earth, nas revistas Superboy#14, Supergirl#14 e Superman#14, onde os três super-heróis enfrentarão o novo alienígena da pesada, H’el. O alienígena de origem kryptoniana tentará colocar seus planos pró-Krypton e anti-Terra em ação, irá atrás da prima de Kal-El e terá de enfrentar o Superman para poder concluir seus planos. Como sua origem é desconhecida, ele será mais forte que Kal-El, que mais uma vez terá que superar um obstáculo além de suas capacidades.

Os Novos 52 ganham reimpressões no Brasil:
As revistas lançadas no Brasil pela Panini que incluem os lançamentos pós-reboot da DC terão reimpressões com capas alternativas. Batman#1, Superman#1, Lanterna Verde#1, Liga da Justiça#1 e Flash#1, serão reimpressas e você terá mais uma oportunidade para ler o recomeço da DC. Superman e Batman custam R$6,60, já Lanterna Verde, Liga da Justiça e Flash custam R$5,90 cada. Será que as vendas estão boas?!?

Edição Especial de Wolverine Noir:
Depois de lançar Homem-Aranha Noir, Homem de Ferro Noir e X-Men Noir, a Panini agora dá uma chance para Wolverine ganhar sua edição especial da linha Noir. Na HQ, Jim Logan, da agência de detetives Logan & Logan, é o melhor naquilo que faz. E a femme fatale Mariko Yashida sabe disso muito bem. Na cidade a negócios, Mariko contratou a proteção de Logan, que rapidamente descobrirá que dinheiro algum no mundo será capaz de proteger sua cliente de seu inimigo, Victor Creed. Eu já lí algumas das hq’s desta linha Noir e a única que me agradou foi a do Homem-Aranha, que é melhor que várias coisas atuais do amigão da vizinhança.

Segundo Volume de Quadrinhos no Cinema:
Durante a 22ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, a Editora Generale estará lançando o segundo volume de Quadrinhos no Cinema, de Alexandre Callari, Bruno Zago e Daniel Lopes. No livro ricamente ilustrado, o leitor saberá tudo a respeito de seus heróis prediletos: seus criadores, suas melhores aventuras, seus momentos mais constrangedores, os filmes piratas inspirados, a participação em outras mídias, quem são seus inimigos, aliados e muito mais. Quadrinhos no Cinema – Volume 2 tem 336 páginas e custa R$ 69,90.

Nova edição de Sin City:
A Devir Livraria anunciou o lançamento de uma segunda edição de Sin City – A Cidade do Pecado, o primeiro volume da série criada por Frank Miller (Batman: O Cavaleiro das Trevas, Elektra, 300 de Esparta). A edição traz nova tradução e oito páginas a mais de arte inédita. Sin City – A Cidade do Pecado é em formato americano (17 x 26 cm), tem 216 páginas e preço previsto de R$ 44,00. Este volume, A Cidade do Pecado, foi lançado pela primeira vez no Brasil em 1996 pela Editora Globo. Vale muito a pena a compra, pois é uma obra de arte e o início da série.

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