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HQ – When the Darkness Presses

Minha ideia inicial para este post era adicionar mais conteúdo à nossa biblioteca, mas ao me deparar com a vencedora de melhor historia curta do Prêmio Eisner 2015 logo mudei de ideia.

When the Darkness Presses foi publicada digitalmente e parte da experiência de leitura está no fato de ela não ser impressa. A história se alterna entre a realidade e as experiências e sonhos que a protagonista tem dentro de um quarto.

Alterando o layout da página durante a leitura e através do uso de gifs sutis, a autora Emily Carroll consegue criar uma ambientação bem legal que faz o leitor ter uma imersão maior na história. Não vou entrar em muitos detalhes para não entregar as surpresas.

Infelizmente não encontrei nenhuma tradução do material para português, então quem estivera afim de ler vai ter que encarar o original em inglês mesmo. Mas vale a pena! Boa leitura!

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O que todos os super-heróis da Marvel, DC e companhia tem em comum? Não são os uniformes coloridos, super poderes ou identidades secretas. A maior característica que, infelizmente, todos compartilham é a falta de um final para suas histórias. Toda boa história tem uma conclusão, seja em filmes, livros ou séries, e toda vez que a indústria decide estender por mais tempo essa história apenas para vender e lucrar mais quem sai perdendo é o consumidor. E nenhuma mídia exemplifica melhor isso do que as dos quadrinhos.

Personagens como Batman, Homem-Aranha e Superman existem há décadas e dificilmente passa pela cabeça de alguém parar de publicar suas aventuras mensais. E por que deveriam? Eles tem milhares de fãs e rendem muitos dinheiro há anos, principalmente nos últimos, devido ao sucesso de seus filmes no cinema. Então por que parar? Porque a cada ano que passa esses mesmos personagens perdem cada vez mais suas identidades, são reinventados dezenas de vezes e quase sempre deixam ter o carisma que já tiveram antigamente.

Se algum leitor mais velho tentar puxar na memória as histórias que já leu do Batman, com certeza conseguirá se lembrar de meia dúzia de arcos clássicos de qualidade inquestionável, no entanto, o Batman existe há tantos anos que se formos comparar a quantidade de material medíocre com a de material realmente bom lançada ao longo do tempo teremos vontade de assassinar a personagem de vez. E isso ocorre porque ao invés das editoras darem liberdade para seus roteiristas criarem histórias com começo, meio e fim, elas insistem em manter revistas mensais onde misturam vários autores e personagens numa bagunça tão sem sentido que eventualmente não há saída senão recomeçar tudo do zero e esquecer o que veio antes através de alguma “grande saga”.

O objetivo aqui não é defender o fim definitivo de todos os personagens clássicos que vemos nas bancas hoje, mas sim combater as publicações medíocres que as maiores editoras insistem em empurrar aos leitores. Existe um motivo para artistas como Brian K. Vaughan, que criam obras autorais e finitas, serem figurinhas carimbadas nos prêmios Eisner. A única solução a curto prazo é: invista seu dinheiro em obras alternativas ou economize para comprar os encadernados, porque ler as mensais só compensa mesmo pela internet.

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