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Sem comentários Em Novidades, Ponto de vista  - 10 de outubro de 2013 -  Postado por  Gibas 

Toda a série Antes de Watchmen tem o intuito de contar as origens dos personagens e como eles chegaram a ser o que vemos em Watchmen. A HQ do Dr. Manhattan é a que melhor faz isso.

Tudo começa com Jonathan Osterman ainda criança e os ensinamentos de seu pai sobre o conserto de relógios.

Isso é muito importante para entendermos a personalidade dele lá na frente, quando ele se torna o Dr. Manhattan.

Ainda muito novo, Jonathan criou uma espécie de amor e fixação em consertar relógios e um prazer imenso em perceber que através de suas mãos, uma coisa ganhava “vida”.

Seu destino era seguir os passos do pai, mas a invenção da bomba atômica mudou tudo, inclusive a história de Jonathan.

Muito inteligente e aplicado, ele conseguiu emprego em um projeto de experiências físicas de alto nível. Apaixonou-se. E sua obsessão por relógios, fez com que ele arrumasse o relógio da bela Jane.

Se caso ele soubesse o desenrolar dos fatos posteriores, ele jamais teria feito isso.

O resto da história você já sabe. Como ele se torna o Manhattan e o por quê.

A HQ em questão foca-se mais na mente, pensamentos e poderes do recém criado Dr. Manhattan.

Ao perceber a amplitude de seus poderes, ele entende que se tornou um observador quântico. Capaz de avançar ou atrasar no tempo, de perceber eventos muito além das capacidades do homem.

Ele tornou-se tão poderoso, que em uma conversa com o Ozymandias, ele deixa claro a extensão de seus poderes.

Após teleportar ele mesmo e Ozymandias, Ozy pergunta a Manhattan como ele faz isso:

Ozy: Como você faz isso? Você desagrupa as moléculas do corpo em lugar e remonta em outro?(o que já é absurdamente fantástico)

Manhattan: Não. Isso implicaria na destruição do indíviduo. Eu apenas dobro o espaço e o tempo, para que eu não tenha que me mover.

Ozy: Então você acha mais fácil dobrar o universo do que mover um homem?

Manhattan: Mais fácil não. Menos destrutivo. Pelo menos para você.

Esse diálogo (que coloquei aí de cabeça, então ele é só parecido com o original) exemplifica perfeitamente a capacidade dos poderes de Manhattan, que seria capaz de desagrupar as moléculas de um ser e “montar” as mesmas em outro lugar. Ele possui o poder da criação e destruição. E passado, presente e futuro para ele são uma coisa só.

Uma passagem interessante da HQ é quando ele retorna ao passado e percebe que pode modificar as coisas. No entanto, ao modificar uma pequena coisa, ele não muda o futuro, mas cria uma outra linha temporal. Após várias mudanças ele entende que o que ele se tornou, não há como mudar.

E é aí que o leitor mais atento fica intrigado. Quando ele percebe que ele será o Manhattan para sempre, ele começa a destruir as realidades paralelas derivadas de suas mudanças. Aí você se pergunta: ele está destruindo universos? Trilhões de vidas? Apenas apagando o que não era para existir?

Difícil responder essas perguntas. Mas de uma coisa eu sei. Manhattan não é um herói.

Como todo homem que se torna poderoso de mais começa a desprezar certos aspectos da vida, Dr. Manhattan tornou-se o ser mais poderoso do universo e passou a desprezar a existência de tudo.

Ele pode criar e destruir qualquer coisa. Pode viajar no tempo e ver tudo o que quiser. Os problemas do dia-a-dia, as relações humanas, problemas econômicos ou políticos não interessam mais para ele.

Ele se tornou o Observador Quântico, único e sozinho. Sua função agora é presenciar os fatos, sem interferir. Para isso, ele precisa ficar longe da humanidade, pois em contato com ela, Manhattan vai descobrir que é impossível ser apenas um observador.

AVALIAÇÃO HQQISSO

Sem comentários Em Novidades, Ponto de vista  - 20 de setembro de 2013 -  Postado por  Gibas 

Laurie Júpiter não pertence ao seu tempo.

Criada pela mãe para assumir o posto de Espectral, Laurie não teve a infância e adolescência que todos gostariam.

Impedida de se aproximar de meninos, forçada a fortalecer seu corpo e aprender a se defender, sem conhecer o pai, vivendo somente uma mãe dura e os terríveis boatos que ouvia na rua sobre ela.

Assim começa Antes de Watchmen: Espectral, de Darwyn Cooke (The Spirit) e Amanda Conner (Power Girl).

Laurie vive com sua mãe, da escola pra casa, em casa treina, em pouco tempo será a nova Espectral, heroína que sua mãe já foi e agora é apenas uma sombra que reside em uma mulher amarga e fria que faz de tudo para esclarecer a sua filha quanto a podridão dos homens e que ele deve se afastar ao máximo.

Mas Laurie está crescendo, seu corpo mudando, logo ela será a Espectral e antes disso, sua curiosidade a levará para próximo dos homens.

Cooke faz um roteiro fechado, que não deixa dúvidas sobre o destino da protagonista. A mãe de Laurie não só criou ela para ser uma heroína, como também faz de tudo, moralmente certo ou errado, para que ela cumpra seu destino imposto.

No entanto, o ponto alto da HQ, não é a relação das duas personagens, nem alguma cena com elas, mas a aparição de um velho amigo.

O Comediante.

Sim ele mesmo, aquele cara durão que quebra a cara de todo mundo e aqui não é diferente. Mas sua função é muito mais discreta e muito mais errada. Ele é o cara que aceita qualquer serviço ou pedido. Moral não é o ponto forte dele e podemos dizer que o caminho de Laurie só chegou ao ponto que vemos em Watchmen, por causa do Comediante. E por todas as causas possíveis.

Quanto a Conner, seu desenhos contribuem muito para uma HQ que envolve lutas, drogas, sexo e choros.

A todo tempo Laurie parece uma menininha perdida na cidade, maravilhada com seu namorado e uma vida de paz e amor. Mas quando preciso, utilizando sua sensual roupa de combate, Laurie parece uma mulher determinada e astuta, forte e até um pouco sádica.

Parece que os ensinamentos de sua mãe não ensinaram somente como se defender, mas também a machucar, causar dor e sofrimento. E Laurie parece gostar muito disso. Não porque ela goste somente de machucar por machucar, mas porque ela pode.

As viagens de LSD também são muito bem representadas por Conner, que mostra a droga levando Laurie a lugares felizes e coloridos, que rapidamente se tornam pesadelos, misturando realidade, as histórias sobre a mãe e seu futuro.

Espectral é uma HQ bem completa, tendo quase tudo que um roteiro pode oferecer. A única coisa que ele não tem é comédia. É uma história que pode te fazer refletir sobre várias coisas. Hippies, drogas, sair de casa, abandonar os pais, trabalho, destino, amor, sonhos, mas de tudo que essa HQ oferece, comédia não está presente.

O que é uma bela contradição, Já que um personagem importantíssimo na vida de Laurie se chama Comediante e o que ela menos faz é sorrir.

A mulher que Laurie viraria depois de alguns anos, é fruto de seu passado contido nessas páginas.

AVALIAÇÃO HQQISSO:

Para terminar, fiquem com mais duas imagens e até a próxima!!! (clique na imagem)

Sem comentários Em Novidades  - 8 de julho de 2013 -  Postado por  Gibas 

Antes do lançamento de Before Watchmen eu disse que não leria nenhuma revista em respeito a obra original, por achar que as novas edições são apenas caça-níqueis. Acontece que eu li a primeira edição que saiu no Brasil, do Coruja. Gostei, mas fiquei com a sensação de que não faz muito diferença para a obra original. O que é bom. Vamos falar da revista.

Before Watchmen: Coruja, trata da história de como o Coruja da história original chegou a este posto, desde sua infância até o momento em que o antigo Coruja passa o bastão para ele, passando por sua relação com Roscharch e também com as mulheres. Dan Dreiberg, o segundo coruja e aquele que aparece nas histórias originais de Watchmen, aparece ainda pequeno, com sérios problemas em casa. Sua vida muda após a morte de seu pai (um tremendo filho da p…) e depois que ele descobre o esconderijo do primeiro coruja, Hollis Mason. Assim a história segue, mostrando os primeiros dias de Dan como herói e o início de sua relação com Roscharch que é sempre um ótimo personagem.

Obviamente, a revista termina antes do primeiro acontecimento da história original, o assassinato do Comediante. Para quem já leu ou viu o filme, diversas cenas e páginas que são apenas um flash começam a ser trabalhadas, como a primeira reunião dos heróis onde eles iriam decidir quais rumos tomar, mas o comediante acaba incendiando o mapa e a reunião é encerrada. Acontecimentos como esses, são retratados agora pela visão do Coruja e apresentam as suas impressões das coisas.

O prob...