Extremis – Um Homem de Ferro extremamente sem graça

Confesso que nunca havia lido uma HQ do Homem de Ferro, já tinha lido coisas dele em equipe, mas solo, Extremis foi a primeira. E talvez, muito provavelmente, a última.

Posso ser polêmica aqui, mas vou dizer: o Tony Stark do Downey Junior é muito mais legal do que o Stark das Hqs.  #prontofaleitoleve.  Acontece o seguinte.  A HQ é nova, de 2006, e ainda assim, com seis edições, consegue ser lenta, ter um discurso retrogrado e um plot twist previsível.

As coisas acontecem sem justificava nenhuma. Um belo dia, um homem aleatório é injetado com uma solução biológica, um vírus (sdds Umbrella), e desenvolve poder super humanos. Ele é o vilão e quer sacanear todo mundo.  Ao mesmo tempo, Tony Stark se vê às voltas com a imprensa que está questionando o poder do Iron Man e aquelas coisas de sempre. Ok, até aí mais um dia na América.

O que me incomodou, sobremaneira, foi o Tony decidir injetar a tal solução em si mesmo. Sério, não tem motivo nenhum. NENHUM. Ok, o camarada lá é mais forte que ele. Tipo ridiculamente mais forte.  Só que ele não é um Hulk, por exemplo. Ele quase morre? Sim.  Mas o que as pessoas fazem quando quase morrem? Vão ao hospital. Tony Stark? Injeta uma solução biológica em si mesmo. De qualquer forma, ao invés de chamar os Vingadores, ou qualquer coisa que o valha, ele decide que tem que resolver aquilo sozinho. Por quê? Jamais saberemos.

Injetado com a solução Extremis ele se recupera da sova, bate no vilão e todo mundo está feliz novamente. Pronto. Acabou. A única diferença é que agora ele é capaz, por causa do soro, de controlar a armadura com o próprio pensamento. O que, pode ser burrice minha, mas eu não entendi o porquê. Enfim, é uma HQ que requer muito do seu poder de suspensão da realidade.

Agora, só pra eu terminar, sendo bem chata, elocubrarei sobre o porque dessa HQ. É sabido que a Saga Extremis é tida como o renascimento do Homem de Ferro. E de fato é.  Ele quase morre e fica mais forte. Mas – #momentogabrielababaca – eu acredito que a saga tenha uma relação muito próxima com o momento político dos estados unidos, como sempre tem, tá? Não se engane.

;2006, meio da guerra do Iraque, governo americano sendo questionado, sendo pressionado a retirar suas tropas. Você está defendendo? Defendendo quem? Ou seja, em outra escala, o Homem de ferro passa por tudo que o governo passava. Era necessário se justificar, diante de ameaças tão grandes, e buscar um poder maior, ir além. Para mostrar que era sim necessário. Daí extremis. Foi aí que eu me dei conta. O Homem de Ferro nada mais é que uma versão alcoólatra do Capitão América.