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Homem-Aranha | Tormento

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homem aranha tormentoHomem-aranha: Tormento foi relançado a pouco tempo pela Panini e nela o cabeça de teia está com problemas. Sem saber o porquê, diversos assassinatos estão acontecendo e sem nenhum aviso ele é atacado pelo Lagarto.

Esta história é um marco nas histórias do Homem-aranha e na carreira de Todd Macfarlane. Com erros e acertos, é preciso ler para entender o que esta HQ trouxe de novo para esse universo, além de ter ótimas brigas.

Sinopse

“Uma matança sanguinária tomou as ruas de Nova York, arrastando subitamente o Amigão da Vizinhança para um embate contra um de seus inimigos clássicos que se mostra mais brutal do que nunca. No entanto, logo o Aracnídeo se verá enredado em uma trama maligna que só terminará com sua destruição ou, então, com seu absoluto tormento!”

O que há de bom

Nos anos 90 Macfarlane tentou fazer um Aranha mais animal, mais próximo de aranha do que homem e isso refletido nos desenhos e na forma como os quadros são apresentados. Tanto os desenhos quanto a forma como Todd dispõe os quadros, às vezes verticais e muito compridos, dão a ideia de que você está olhando uma aranha no canto da sala, esperando em sua teia e não um super-herói nos prédios de sua cidade.

Outra boa coisa é o desenho do Lagarto. Macfarlane é um bom desenhista de criaturas e como nessa HQ ele tentou construir uma trama de terror, era importante que o Lagarto não passa-se apenas uma imagem de ferroz, mas homem aranha tormento 1também de horror.

A história prove também excelentes brigas entre o Aranha e o Lagarto, com sangue e violência em grande quantidade, com explosões e cenas onde Peter passa um aperto sem igual. O Lagarto realmente está tentando matar. E não está pra piadinha.

O ritmo da aventura também é muito bom. Apesar de manter o mistério de quem está por trás da ruína de Peter, o roteiro evoluí rapidamente e faz você querer saber o final o quanto antes.

O que há de ruim

Já começamos com as coisas ruins, puxando diretamente da última coisa boa que falei. O roteiro evoluí rápido e é a única vantagem, pois falta muita maturidade e bagagem para Todd conseguir fazer uma história realmente de terror.

Desde do ínicio, a trama mostra que o Lagarto está sendo controlado por alguém, através de magia negra. Macfarlane tentou criar sua história de terror com magia, herói, monstro e mistério, mas faltou muito para isso. Numa tentativa de fazer um link com uma outra aventura do Aranha, A Última Caçada de Kraven, que fez muito sucesso na época, Todd se perdeu e criou um roteiro que leva para lugar nenhum.

Faltou um verdadeiro porquê da pessoa estar controlando o monstro, teve excesso de explicação do que acontece em cada página, faltou um polimento no roteiro, nas descrições de clima e momentos, parece que um adolescente escreveu e não teve ninguém para pegar esse roteiro e melhorar, utilizar apenas a ideia principal e construir algo denso, próximo ao terror de Lovecraft. Posso estar pedindo muito, mas seria ótimo.

No Final

Por fim, digo que está é uma história que vale a pena pelo seu valor histórico e sua importância na carreira de Todd Macfarlane. Já quanto a história, não espera grande. Boas lutas, um bom desenho, mas nada que vá mudar sua vida.

AVALIAÇÃO HQQISSO:

Nota-2

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Piratas do Tietê

Piratas do tiête

Uma capa vale mais que mil palavras

Piratas de verdade são sujos, canalhas, inescrupulosos e moram nas águas de São Paulo. Hoje já bastante conhecido, o cartunista Laerte criou os famigerados Piratas do Tietê na década de 80, e desde então, as barbaridades cometidas por eles arrancaram risadas de muita gente. Ao contrário de outras tirinhas de humor mais sutis e apropriadas a todas as idades que são mais comuns, Laerte não economizou na linguagem ou no traço na hora de retratar as obscenidades ou a violência perpetuadas pelos piratas. Tudo, é claro, com muito bom humor.

Para quem quiser conhecer mais sobre a trajetória dos Piratas e do autor vale a pena comprar os encadernados lançados pela Devir em parceria com a Jacaranda, que além de terem histórias mais longas e com participações especiais de outras personagens famosas, nos apresenta uma biografia deEncadernado3 Laerte e detalhes sobre a criação de sua obra. Porém, se você estiver interessado somente nas tirinhas mesmo, não há leitura de banheiro melhor do que as duas edições de bolso lançadas pela LP&M. A Escória em Quadrinhos e Histórias do Pavio Curto.

Mesmo com algumas tiras com críticas políticas ou culturais, a verdadeira força dos Piratas do Tietê está na truculência exagerada, desnecessária, e, acima de tudo, cômica. Não vale a pena tentar encarar de maneira séria algo tão lindamente honesto quanto a obra de Laerte, mas sim abraçar a barbárie e a sanguinolência por ele apresentadas.

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Superman | Terra Um

superman-terra-um-capaAntes de começar com as minhas opiniões e idéias sobre a hq, vamos a sinopse de Superman: Terra Um.

Sinopse

“Clark Kent é diferente. Ele pode voar, ver através das paredes e incinerar objetos com seu olhar. Ele é um deus entre os mortais. Mas está sozinho e sem um propósito. Como a maioria dos jovens de vinte e poucos anos, não sabe o que quer da vida. Pode escolher trabalhar com qualquer coisa: esportes, ciências, finanças ou dentro da mídia. O céu é o limite… se ele esconder seu poder e sua verdadeira identidade do resto do mundo!

Mas quando naves de outros planetas escurecerem nosso céu e ameaçam nossa existência na Terra, Clark precisará tomar a decisão mais importante de sua vida: revelar-se para o mundo, sacrificando sua chance de ter uma vida normal… ou deixar todo planeta a sua volta morrer.”

Super mas nem tanto

Esta sinopse ajuda muito a entender o principal conflito que o Superman enfrenta durante boa parte da hq. Ele pode ser o que ele quiser, mas não pode ser ele. Ele é forte, inteligente, rápido e consegue fazer tudo que o humanos fazem. Muito melhor e mais rápido. Mas precisa esconder sua natureza durante todo o tempo, pelo resto da sua vida, caso ele opte por esse caminho.

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A chegada de outros alienígenas à Terra é um segundo conflito, mais físico do que psicológico e obriga Clark a se revelar para salvar a Terra. Mas o que acontece pós-batalha é o mais importante de tudo isso. Ele irá voltar para o anonimato ou será o herói da Terra.

Nessa hq, novamente a origem de Clark é contada e têm alguns pontos que podem ser ressaltados. O primeiro que ele Kripton vivia uma guerra secular com outro planeta, por isso foi destruído. A nave em que Clark foi enviado possui uma conexão com seu usuário e se ativa quando Clark utiliza seus poderes para defender a Terra. A partir dela ele também conseguiu informações sobre seu passado, seu planeta natal e seus pais de verdade.

O filme recém lançado do Superman, O Homem de Aço,  pode ter aproveitado alguns conceitos dessa hq e o final de cada um se parecem quando tentam explicar o porque de um alienígena super poderoso se tornar um reportér.

Ficar perto das pessoas, dos acontecimentos. Esse é o motivo. Um repórter pode acompanhar tudo de perto se chamar atenção, é o trabalho dele. Com isso, Clark pode estar sempre presente e ajudar quando preciso, solucionando assim o dilema de poder fazer tudo, mas não poder ser ele mesmo.

A hq é boa, mas eu espera mais inovações de Straczynski, principalmente quanto ao dilema de ser um alien na terra. Quanto a arte da hq, está impecável. As cores e expressões conseguem falar muito mais que o roteiro e rendem ótimas páginas duplas.

Aconselho muito quem nunca leu Superman a dar uma olhada nessa HQ. Já quem gosta muito do personagem pode não gostar muito, mas é sempre bom termos outra visão do personagem que gostamos.

Avaliação HQQISSO:

Nota-3

Autores

J. Michael Straczynski (roteiro), Shane Davis (desenhos), Sandra Hope (arte-final) e Barbara Ciardo (cores)

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Doutor Estranho e Doutor Destino

doutor-estranho-e-doutor-destino-2Foi lançada a HQ Doutor Estranho e Doutor Destino: Triunfo e Tormento. Sim, o nome é grande, mas vamos aproveitar que o Doutor Estranho está fazendo 50 anos e vamos falar dessa HQ onde um dos maiores vilões do universo Marvel se junta ao mestre do misticismo para salvarem uma alma do inferno.

Já pra começar, digo que é uma ótima HQ, pequena, fácil de ler, com início, meio e fim satisfatórios, desenhos simples e objetivos de Mignola e um roteiro que irá agradar muitos leitores que gostam do lado místico da Marvel e também das Hqs de Hellblazer (o pacto feito com Mefisto nessa hq lembra muito os rituais executados por John Constantine).

DOUTOR ESTRANHO & DOUTOR DESTINO - TRIUNFO E TORMENTO.inddNa história, um evento com todos os grandes místicos do planeta promove uma batalha entre eles para se descobrir quem é o Mago Supremo dessa dimensão. É claro que o Doutor Estranho se torna o grande mago acima de todos, mas é aí que vem a reviravolta que deixa a história boa. O Mago Supremo recém nomeado têm o direito a um desejo. O problema é que não é um desejo dele, mas de outra pessoa. Que no caso, por obra do destino, ele teve que realizar o desejo de um grande inimigo da humanidade, o Doutor Destino.

 

O desejo dele? Salvar a alma de sua mãe que está no inferno.

Pois é. Como você imagina, os dois têm que ir para o inferno buscar e recuperar essa alma. Enquanto isso temo um flashback que mostra como a mãe de Destino acabou dessa forma. Ela tinha uma boa intenção e uma causa justa para lutar, mas escolheu os métodos errados, fez um pacto com mefisto e claro, foi enganada.

Estranho e Destino enfrentam Mefisto, que faz esses acordos de venda de alma e comanda a bagunça toda no inferno. Vitoriosos, de certa forma, eles conseguem salvar a alma da mulher, mas durante a batalha Destino quase deixa o Doutor Estranho morrer, mas no final os dois conseguem se salvar do inferno também.

O mais interessante da história é que ela mostra o Doutor Destino não como um vilão, mas como um homem que acredita que todo e qualquer meio, justifica o fim. Ele é o soberano de seu país e cuidado muito bem de seu povo, apesar de levar o país todo em rédeas curtas, é aclamado e adorado pelos populares. Não fica claro na história se Destino trocaria a vida do Mago Supremo pela alma de sua mãe. Mas isso que é ótimo no personagem. Você nunca sabe quando ele será bom ou mal. Ou quando será apenas Destino.

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X-Men | A Era X

x-men era xAlguns dias atrás eu lí um encadernado fechado de X-Men: Era X e gostei muito do que eu vi.

Com certeza não é a melhor história dos X-Men de todos os tempos, mas foi uma boa história para o período em que a equipe mutante estava. Antes de Era X, Ciclope comandava  a equipe e liderava  o resto de seu povo a partir de uma ilha artificial na costa dos EUA. No entanto, a Era X já começa com Magneto liderando os mutantes e sendo chamado de General, com os mutantes presos em sua ilha numa guerra dia após dia contra forças humanas que querem exterminá-los e com vários personagens bem diferentes do que estamos acostumados. Ciclope, por exemplo, é o Basilisco em Era X, um personagem muito mais legal que o Ciclope normal, mas falarei disso daqui a pouco.

Logo no início da revista acreditamos que Era X trata-se de mais uma história de realidade paralela. O que pra mim é o grande trunfo dessa aventura e a difere de tantas outras é que não se trata de outra realidade. Os acontecimentos de Era X se passam com os personagens que conhecemos e acompanhamos mensalmente, a saga é na verdade uma alteração da realidade, causada por David Haller, filho mutante do Professor Xavier, quem além de poderes mentais, possui milhares de personalidades, cada uma permitindo que ele acesse diversos poderes. Inclusive alteração da realidade em escala universal.

Com isso, Era X é uma bagunça muito interessante com personagens conhecidos mas um pouco diferente do que esperamos. De todos eles, o que achei mais interessante foi o Ciclope que virou Basilisco, continuando com o mesmo poder das rajadas ópticas, mas agora usando uma máscara metálica, além de ter sido usado para assassinar outros mutantes. Segue a imagem do Basilisco:

x-men era x

O Basilisco, apesar de não comandar os X-Mens é aquele personagem que se revolta com aqueles que o capturaram, não só pela captura, mas por terem utilizado o poder dele para matar outros mutantes. Assim como o Magneto é revoltado com nazistas, Basilisco passa a matar todos os humanos que pode e nessa sede de sangue ele começa a descobrir algumas coisas sobre a Era X que levarão ao desfecho da saga.

A história toda é muito boa, com uma arte um pouco rebuscada nas batalhas que ajuda a entender a confusão que é uma equipe x-men lutando contra um exército de alguns milhares de humanos. A pancadaria come solta, mas também têm um enredo que não é óbvio e nem um final piegas. Tudo que acontece em Era X terá consequências.

Vale a pena ler, é curta e rápida e tira você das leituras mensais.

AVALIAÇÃO HQQISSO:

Nota-3

 

 

Um abraço a todos e até a próxima!

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Lanterna Verde | Segredo da Tribo Índigo

Estava eu lendo as últimas revistas de Lanterna Verde, mais precisamente as revistas nº 8, 9, 10 e 11. Dentre as histórias que fazem parte do mix da revista, uma me chamou a atenção. O segredo da Tribo Índigo. Umas das sete tropas que foram criadas para a saga noite mais densa e passaram a fazer parte do universo dos policiais espaciais.

De início o que me intrigou não foi o fato deles revelarem um segredo, mas o fato deles revelarem um segredo sobre uma tropa que os leitores não sabiam nada ou muito pouco. Pronto, já estava fisgado pela história e enquanto lia, fui surpreendido por outras revelações sobre a tribo que me deixaram extremamente feliz em ler estas páginas.

[SPOILERS]

A Tribo Índigo controla o poder da compaixão (s.f. sentimento de simpatia ou de piedade para com o sofrimento alheio) e isso nunca pareceu muito interessante perto das outras cores, como o amarelo que é o poder do Medo ou o vermelho que é o poder da Ira. Mas as últimas edições de lanterna mostraram que a compaixão pode ser uma ótima força, quando ela é imposta aos seus utilizadores e quando eles são criminosos espaciais. Quem poderia sentir mais compaixão para com as famílias de pessoas assassinadas do que o próprio assassino, acometido por esse sentimento e obrigado por seu anel da compaixão a rever todos os momentos e todas as vítimas de suas crueldades.

A Tribo deveria se chamar Seita de Lavagem Cerebral da Compaixão. Cada criminoso que é escolhido pelo anel sofre uma lavagem cerebral e passa a ser um indivíduo relativamente bom, com a função de caçar outros criminosos e “recrutar” mais indivíduos para a tribo. Aí você pode pensar: Poxa, isso é bom, reabilitação de criminosos. Só que não, pois os indivíduos maus continuam dentro dessa casca de bondade criada pelo anel. Enquanto seu anel funcionar um lanterna índigo continua repetindo a palavra “NOK”, que significa “que a compaixão esteja com você”, meio que em uma forma de convencer a si mesmo. Mas quando separado do anel, o indivíduo volta a ser ele mesmo. Seja  lá o quanto ele era ruim antes.

Você não acha que isso era um segredo grande de mais???? Então senta aí. O criador da tribo, que deu início a essa falsa purificação de criminosos foi ninguém mesmo que Abin Sur. O maior de todos os lanternas verdes, criou a tribo índigo para aprisionar uma de suas maiores inimigas, que matou sua irmã e tantos outros pelo universo. É isso que o anel índigo faz. Aprisiona criminosos. Pelo menos suas mentes. Amançando seus ímpetos assassinos e tornando-os novos arautos da compaixão.

De todas as tropas que estão presentes nas revistas do Lanterna Verde, essa é uma das mais diferentes, pois seus integrantes são os únicos que possuem pensamentos diferentes ou até contrários aos de seus anéis. Em questões de roteiros e novas histórias, essa tribo pode ser muito bem explorada. Ela foi deixada um pouco de lado, por haver tantas outras, mas agora teve seu espaço e com as revelações feitas sobre a Tribo, eu gostaria muito que ela continuasse a protagonizar alguns roteiros. É sempre muito maluco olhar para aquele ser arrocheado e que prega o “NOK” sabendo que ali dentro está um criminoso que pode sair a qualquer momento.

Por hoje é isso pessoal. Espero que tenham gostado e fiquem atentos a mais informações sobre as histórias do Lanterna Verde. Um abraço a todos e boa leitura!!!

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