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3 motivos para você ler One Punch-Man agora!

Esse post é só pra quem gosta de mangá mesmo.

Pra quem já leu muita coisa, já cansou e quer respirar novos ares dos quadrinhos orientais.

Já fiz um post falando sobre o quanto eu gostei das duas primeiras edições desse mangá. Clique aqui para ler o post.

O problema é que a história não parou de melhorar. Já foi lançada a edição 9 aqui no Brasil e é realmente uma ótima leitura.

O primeiro motivo para ler: não é mais uma daquelas histórias que o personagem começa fraco e inocente, vai enfrentando inimigos, ficando mais forte e enfrentando mais inimigos.

Aqui é o Saitama, o homem que treinou 3 anos e agora derrota qualquer oponente com um soco apenas. Com isso, poucas lutas ou inimigos importam na história. O que é realmente interessante de ver é a relação do Saitama com as outras pessoas; contra vilões que se autodeclaram arqui-inimigos de alguém que não podem derrotar e vários encontros improváveis de personagens que beiram o absurdo.

O segundo motivo para ler: Piadas. Várias. Todas ótimas. Mas serão mais engraçadas se você estiver acostumado com mangá e com o gênero desses mangás de lutas e poderes absurdos. É mais voltado para o público masculino? Sim. Mas mulheres, não descartem a leitura antes mesmo de dar uma chance para o volume 1. E lembrem-se, o dia da coleta de lixo é muito importante.

O terceiro motivo para ler: a arte e o design de monstros. De acordo com Guilhermo del Toro (um dos mestres em criação de monstros do cinema), para se criar um bom monstro, algumas condições devem ser observadas.

A primeira é sobre a silhueta do monstro. Ela deve ser bem definida, sem detalhes ou exageros que confundam o espectador.

A segunda é sobre os detalhes e feições do monstro. Um monstro não deve ter a mesma cara sempre. Ele deve mudar suas feições de acordo com a história e ter vários detalhes que deixam sua aparência mais natural, como se dentro daquele design, todas as partes fizessem sentido e tivessem alguma função.

A terceira é sobre cor e movimento do monstro. Essas duas características ajudam a definir a agressividade do monstro, suas habilidades e se nível de perigo.

E por último, nunca crie um monstro baseado em referências de monstros que já existem. Busque suas referências na natureza, como a textura de uma pedra, o crânio de algum animal e por aí vai!

Por que estou falando sobre isso tudo? Veja as imagens de alguns monstros de One Punch Man e me diga se não são ótimos monstros.

Bom pessoal, por hoje é só! Espero que tenham ficado com vontade de ler!

Um abraço a todos e boas leituras!

 

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Crítica: O Divino

O Divino é um quadrinho lançado pela Editora Novo Século através do selo Geektopia (inclusive, aconselho você a pesquisar outros quadrinhos com esse selo, pois tem coisa muito boa como Wicked + Divine).

Na história acompanhamos um homem que decidi ir para um país remoto chamado Quanlun, ele acabou de não conseguir uma promoção, sua mulher está grávida e essa viagem para executar uma missão secreta para os EUA, ele ganhará um bom dinheiro. A viagem tranquila desanda completamente quando ele tenta salvar um garoto e acaba sendo capturado por um grupo de crianças guerrilheiras.

É uma ótimo história e você lerá em uma sentada (não recomendo a leitura picada) e você deve ler uma nota dos autores no fim da hq, pois foi essa nota que me levou a escrever uma crítica sobre O Divino.

Ao fim dessa hq, os autores inseriram uma nota que aqui tomarei a liberdade de reproduzir: Em janeiro de 2000, o fotógrafo Apichart Weerawong, tirou uma foto de dois irmãos gêmeos de doze anos, imediatamente após o ataque do exército tailandês a um hospital, onde esses gêmeos mantiveram 800 pessoas como reféns. A foto foi rapidamente divulgada por todo o mundo, tornando-se uma imagem inigualável da infância sem infância.

Foi dessa imagem que os autores Asaf, Boaz e Tomer tiraram a inspiração para criar O Divino, foi da vontade de tentar explicar de onde esses irmãos vieram e quem eles eram que nasceu a hq.

Criaram assim uma obra ficcional crua e pessimista sobre o mundo. Os meninos da foto são Johnny e Luther Htoo, que no fim da década de 90 lideraram um grupo de centenas de refugiados de Karen no leste Birmânia, chamado “O Exército de Deus” e lutaram contra o exército birmanês para desapropriarem suas terras. O gêmeos eram cercados de lendas e provavelmente foram delas que saíram algumas ideias presentes na história.

Como ficção, a história é apenas inspirada na realidade e a própria arte da hq deixa claro com suas cores vibrantes que estamos num mundo diferente, ainda que seja o nosso.

A mensagem que fica dessa história toda e acredito que seja parte da intenção dos autores, é falar sobre a infância. Mais ainda sobre a infância perdida, sobre as milhares e milhões de crianças que todos os anos perdem parte da infância por causa de guerras, políticas e disputas das quais elas ainda não deveriam fazer parte.

Essa é uma história que vale a pena ser lida e também vale a pena você tirar alguns minutos do seu dia, após a leitura e refletir sobre a foto dos gêmeos. O que podemos fazer para que fotos como essa não se repitam?

Nota HQQISSO:

 

 

 

Bom pessoal, essa foi a crítica de hoje, na verdade, menos crítica e mais indicação não é?

Espero que tenham gostado, um abraço a todos e boas leituras!

 

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Crossovers frustrantes, até quando?

Não é de hoje que tanto Marvel quanto DC adoram criar sagas onde duas de suas super equipes (geralmente de heróis) saem no tapa por discordar de algum assunto importante. Geralmente a briga acontece apenas dentre seu próprio universo, como, por exemplo, a saga Liga da Justiça vs Titãs e Vingadores vs X-Men. Mas também temos a mistura entre as editoras, que resultou em Vingadores vs Liga da Justiça e outros crossovers menores que aconteceram durante os inesquecíveis anos 90.

No geral, esse crossovers atraem a atenção do público e da mídia, ajudando a cumprir o principal objetivo das editoras: vender revistas. E isso é errado? Não. O trabalho delas é esse mesmo. Então qual o problema? O problema está na mediocridade e previsibilidade das histórias. Toda vez é a mesma coisa!

Temos de cada lado um grupo bem intencionado de pessoas super poderosas. No entanto, devido à algum mal entendido e à falta de comunicação (pra que conversar se eu posso arremessar um raio, né?!) nenhum lado explica calmamente seu ponto de vista e todo mundo sai na porrada. Obviamente o roteirista não pode puxar sardinha para nenhum lado, senão os fãs iriam reclamar. Então todo mundo acaba bem na fita até que chega o momento em que todos percebem que na verdade devem se unir para derrotar o verdadeiro inimigo. Após isso temos combos de super heroísmo e recursos deus ex machina para resolver a questão.

Se essa descrição teve pontos que lhe pareceram familiar em alguma saga que você já leu, não foi coincidência. É a formula utilizadas todas a vezes. Leia Inumanos vs X-Men, Liga da Justiça vs Esquadrão Suicida, as outras sagas já citadas, e depois qualquer outra à sua escolha (a lista é ENORME) e em seguida se pergunte se elas não parecem ter o mesmo enredo.

Disputas entre equipes heroicas não deveriam vender apenas por causa dos personagens. A história deveria ajudar! Mas infelizmente não é o que acontece. Até que isso mude, minha sugestão é: não fique na ansiedade pela próxima saga e procure outra coisa para ler. Tem muito material bom por aí cuja função não é ser somente um caça níquel.

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The Wicked + The Divine – Crítica

Olá caro leitor, você achou que tinha acabado?

NÃO! Estamos aqui e a vida continua. E falando em vida, a crítica de hoje é sobre… (você já leu o título do post certo?)

Bom, The Wicked + The Divine foi uma compra que fiz totalmente no escuro, li apenas a sinopse e boom!, cliquei no comprar.

Sobre o que estou falando? É o seguinte: A cada noventa anos, doze deuses reencarnam como humanos. Eles são amados. Eles são odiados. E dentro de dois anos, eles morrem. Bem-vindo a THE WICKED + THE DIVINE, onde deuses são as estrelas supremas do pop. Mas lembre-se: só porque você é imortal, não significa que vá viver pra sempre.

E foi com essa sinopse que eu comprei a HQ lá naquela loja, que vende vários livros, ela tem um sorriso amarelo, sabe qual é?

Pois bem, comprei, li e a leitura é rápida e gostei.

Vai ser o seu melhor quadrinho de 2017? Acho que não.

Mas ele possui várias coisas boas e acredito que é um ótimo início para um universo muito maior e muito rico.

Na história, acompanhamos uma jovem que está indo para um show. Esse show é apresentado por uma deusa. Se ela é uma divindade ou não, muitos acreditam e outros duvidam.

O que importa é que os deuses fazem sucesso. O problema é que ele dura apenas 2 anos. Sendo assim, alguns deuses decidem aproveitar da melhor forma possível.

É assim que nossa personagem principal, Laura, acaba conhecendo outros deuses e é apresentada ao Panteão.

Nele estão deuses como: Amaterasu (deusa xintoísta), Lúcifer, Baal (deus semítico), Baphomet (deus pagão), Sakhmet (deusa egípcia), Woden (deus nórdico), dentre vários outros.

O interessante é o que autor Kieron Gillen, se baseou em ícones da nossa cultura pop para criar seus personagens.

Por exemplo, a deusa Amaterasu é baseada nas cantoras Florence Welch, vocalista da banda Florence + The Machine, e Stevie Nicks, do Fleetwood Mac.

Com toda essa mistura de deuses, cultura pop e uma imortalidade com prazo de validade, é claro que a hq tem ótimos diálogos e situações que fazem referências a cultura e o cotidiano.

Tudo desanda quando Lúcifer é acusada de um crime que não cometeu. Laura então se aproxima mais de Lúcifer e se complica também com o Panteão dos deuses.

O mérito de Gillen é criar uma história complexa mas rápida, com acontecimentos importantes e diálogos simples, que servem como uma gigantesca alegoria para os dias atuais, onde os nossos deuses da cultura pop realmente existem e muitos “vivem” até menos de 2 anos.

NOTA HQQISSO:

 

 

Bom pessoal, espero que vocês tenham a oportunidade de ler, deixo aqui os link para o volume 1 e volume 2.

Um abraço, boas leituras e até a próxima!

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Boletim de notícias do Hellboy

O Hellboy é sem dúvida um dos nossos personagens favoritos, e ultimamente ele tem estado em evidência por diversos motivos e em diversas mídias. Decidimos reunir aqui  as últimas notícias do nosso diabão favorito para você acompanhar tudo o que acontece com o personagem.

Nos quadrinhos: a Mythos Editora, responsável por lançar Hellboy no Brasil, está relançando os primeiros 6 volumes da coleção Hellboy – Edição Histórica. Esse relançamento acontece junto com a chega dos volumes 7 (Paragens Históricas) e 8 (A Feiticeira Troll) no mercado. Além disso também está no mercado a Edição de Ouro de Contos Bizarros, que reúne histórias criadas por outros artistas durante a ausência de Mike Mignola. Veja todos os lançamentos aqui:

Nos games: foi anunciado recentemente que Hellboy fará parte do segundo pacote de novos personagens do jogo Injustice 2, da NetherRealm. Para que ainda não conhece, a franquia reúne heróis e vilões da DC Comics saindo pancadaria. Você pode conferir o trailer que, apesar de ainda não mostrar o gameplay, também apresenta outros dois novos personagens: Raiden (do Mortal Kombat) e Arraia Negra (inimigo do Aquaman).

No cinema: o ator Ed Skrein (vilão em Deadpool e primeiro Daario Naharis em Game of Thrones) decidiu abandonar a nova adaptação de Hellboy para o cinema após sua escalação como Ben Daimo (um personagem asiático) ter deixado muitas pessoas insatisfeitas pela mudança étnica desnecessária. O ator deu uma declaração explicando sua decisão através de sua conta no Instagram e teve o apoio dos fãs.

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Chico Bento – Arvorada

Chico Bento – Arvorada foi a segunda aparição do caipira criado por Maurício de Sousa na linha Graphic MSP. Dessa vez o trabalho ficou todo por conta de Orlandeli, que fez a arte e roteiro. Fazer sozinho uma obra que fique à altura da expectativa dos fãs da linha MSP não é fácil, pois mesmo que alguns volumes não tenham ficado tão bons, no geral a qualidade é sempre muito alta. Mas Orlandeli deu conta do recado!

Arvorada é uma história cativante que retrata a relação de Chico Bento com Vó Dita, personagem importante na vida do menino, que cresceu ouvindo as histórias e os conselhos de sua vó, sempre aprendendo com a sabedoria dela.  Apesar de seu carisma, Vó Dita é uma personagem secundária nas revistas mensais do Chico Bento, no entanto, nesta edição ela possui um destaque e importância bem maiores, chegando até mesmo a ofuscar seu neto em alguns momentos.

Ao longo da história, o leitor é levado, assim como protagonista, à refletir sobre a brevidade do tempo e a importância de aproveitar os momentos da vida com quem amamos. Tudo isso simbolizado pelo florescer de um ipê amarelo cuja beleza encantadora passa muito depressa.

O autor acertou em quase tudo: o roteiro é ótimo, as cores são maravilhosas e ajudam a transmitir a emoção da histórias e a caracterização dos personagens no que se refere à personalidade ficou fiel aos quadrinhos originais. Minha única crítica está na aparência das pessoas. Principalmente das crianças. Em vários momentos tive a impressão de que o Chico Bento aparentava muito mais velho do que realmente era e me lembrava um “zé droguinha”. Mas não é nada que chegue à comprometer o trabalho de Orlandeli.

Em Arvorada você irá encontrar uma ótima releitura de personagens clássicos dentro de uma história emocionante e cheia de significados. Com certeza vale a leitura! E mesmo se acontecer de você não gostar, uma coisa é garantida: no final você sentirá saudades da sua vó.

 

 

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