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Hellboy e outras novidades de 2014

Hellboy-dayBom pessoal para começarmos a semana com o pé direto vamos falar de boas notícias para 2014.

Primeira boa coisa, em março de 2014, a criação de Mike Mignola completa 20 anos.

Exatamente no dia 22, a vinte anos atrás, estava sendo lançada Hellboy: Seed of Destruction#1, a primeira parte da primeira minissérie do personagem.

Entre fãs, o dia já está sendo chamado de Hellboy Day e teremos comemorações.

Pelo menos lá nos EUA, as lojas de quadrinhos terão eventos, com material promocional, descontos e o lançamento de um livro sobre o 20 anos do personagem, com esboços originais de Mignola e contando toda a evolução desse personagem adorado por tantos.

Aproveitando o embalo, teremos também o lançamento de uma edição especial, com duas histórias clássicas e duas inéditas, criadas por Mignola e pelo brasileiro Fábio Moon e R. Sikoryak.

Os irmãos Bá e Moon já colaboraram com Mignola em B.P.R.D.: Vampire, como desenhistas e corroteiristas, e B.P.R.D.: 1947, apenas como desenhistas. Ambas mostram os primórdios do Bureau de Pesquisa e Defesa Paranormal, onde Hellboy trabalhou como detetive de casos estranhos.

Quer mais para 2014?

Pois então a Panini anunciou as novidades da linha Vertigo, vamos lá.

Pra começar teremos o lançamento de Os Pequenos Perpétuos, de Jill Thompson, dentro da coleção Sandman Apresenta.

O título que mostra os personagens de Neil Gaiman em versões infantis chegará ao país em versão com capa dura, ainda sem preço definido (provavelmente salgado).

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A editora promete terminar Sweet Tooth  ainda no primeiro semestre e teremos o lançamento do quarto volume de ZDM – Terra de Ninguém.The-Invisibles

A Panini também promete para 2014 o sétimo e último volume de Hellblazer – Origens, completando a publicação de todo o material que o roteirista Jamie Dellano produziu para a revista Hellblazer, sem os especiais.

Os Invisíveis, série de Grant Morrison também aparece na pauta de 2014, mas sem confirmação. O título já saiu por aqui por outras editoras, mas os leitores brasileiros nunca puderam conhecer o final da série, como já aconteceu muitas vezes com diversas séries. Não se respeitava muito os leitores antigamente.

A Panini prometeu ainda duas séries, uma curta, com apenas dois encadernados, e outra mais longa e “muito pedida pelos leitores”. Um desses pode ser o Monstro do Pântano, de Alan Moore.

Ou seja, tem coisa pra caramba vindo em 2014 e pra quem está cansado de super-heróis, poderá ser um ótimo ano.

Um abraço a todos e 2014 está aí!!!

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Alan Moore odeia super-heróis

Alan_Moore_(2)Alan Moore odeia super-heróis

Moore está trabalhando freneticamente.

Mesmo com a idade avançada e a falta de habilidades para o convívio social.

Trabalhando no novo título de Liga Extraordinária e lançando o encadernado Fashion Beast, Moore, em entrevista para o The Guardian, disse:

Eu não leio nada de super-heróis desde que terminei Watchmen.

Odeio super-heróis.

Acho que eles são abominações.

Eles não significam mais o que costumavam significar.

Eles ficavam originalmente nas mãos de escritores que ativamente expandiam a imaginação de seu público, formado por crianças de nove a 13 anos.

Eles faziam isso muito bem. 

Hoje, os quadrinhos de super-heróis não tem nada a ver com essas crianças de nove a 13 anos.

É uma audiência formada geralmente por homens, de 30, 40, 50, 60 anos.

Alguém criou o conceito de graphic novel.

Os leitores se agarraram a ele, interessados em uma maneira de validar seu contínuo amor pelo Lanterna Verde ou Homem-Aranha sem parecer de alguma forma emocionalmente subnormal.

Eu não acho que o super-herói significa nada de bom.

Acho bastante alarmante ver adultos assistindo ao filme dos Vingadores e se deliciando com conceitos e personagens criados para entreter crianças de 12 anos dos anos 1950.

Pois é.

Eu acho que Moore já está ficando um pouco senil, mas nessa declaração há um pouco de verdade.

A única coisa que ele não lembrou é que os meninos da década de 50, são os adultos de 50 ou 60 anos de hoje, que consomem as Graphic Novels, movimentam o mercado e tentam relembrar de suas infâncias. Mesmo que seja durante 200 páginas.

Não vejo mal nenhum nisso.

Um amor eterno pelos super-heróis é meio estranho.

Mas comprar um revista do seu herói favorito de 50 anos atrás é quase um viagem no tempo.

Uma viagem que apenas alguns poucos conseguem fazer.

Allan-Moore

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Novo Batmóvel, mortos-vivos e uniforme dos X-Men

Novo visual do Batmóvel

Em Batman #25, a DC Comics vai apresentar um novo Batmóvel, repensado pelo roteirista Scott Snyder e redesenhado por Greg Capullo.

Batman-Zero-Year-batmovel

A revista é continuação do arco Zero Year, que mostrou uma nova visão do começo da carreira de Bruce como um vigilante.

O novo carro parece um carro de corrida antigo, como da época de 30 e 40, só que mais robusto. Bem mais robusto.

Snyder disse: “Fizemos algo que as pessoas possam olhar e dizer: ‘Por que raios ele está dirigindo um carro vistoso assim”

Zero Year começou em junho e vai durar um ano.

A ideia da história em 11 partes é explorar os primeiros passos do Batman dentro do universo dos Novos 52.

Segundo os criadores, a trama não é uma recriação de histórias clássicas, como Batman: Ano Um, mas realmente uma nova visão desse início de carreira, com os erros e acertos de qualquer amador.

Mangá dos Mortos-Vivos

A JBC vai apresentar uma nova antologia com a visão de vários quadrinistas japoneses sobre as histórias de zumbi.

Manga of the Dead será composto de várias histórias curtas, em estilo mangá claro.

Todas as histórias partem de um tema comum, mas haverá diversos gêneros explorando o assunto: comédia, ação, suspense e terror.

Serão oito histórias diferentes, com abordagens mais comuns como a transformação de familiares em zumbis.

E abordagens menos comuns, como um zumbi tentando fazer carreira no MMA.

O mangá será lançado no dia 11 de novembro e estará disponível exclusivamente na Livraria Cultura durante todo o mês.

Em dezembro, ele chegará às bancas. A revista tem 240 páginas e custa R$ 19,90

Novos uniformes dos X-Men

Com o fim da última saga Battle of the Atom, que bagunçou as séries dos X-Men em setembro e outubro, nesse mês os heróis enfrentam as consequências dela.

Para enfrentar tudo que vem por aí, eles terão novos uniformes.

Em All-New X-Men #19, os integrantes originais da equipe aparecerão com novos uniformes.

All-New-X-Men-19

Essa revista 19 marca a volta dos caçadores de mutantes conhecidos como Purificadores, que estão atrás de uma garota desconhecida.

A HQ tem roteiro de Brian Michael Bendis e desenhos de Brandon Peterson e sai nos EUA no dia 27 de novembro.

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A filha do Coringa e Peter Pan para adultos

duela-dentA filha do Coringa

A DC irá lançar em fevereiro uma HQ protagonizada pela filha do Coringa.

De acordo com o Bleeding Cool, a série da filha do vilão pode ser apenas um especial de Dia dos Namorados.

Ou uma substituta para a série Katana, de Ann Nocenti.

A Filha do Coringa foi criada na década de 1970.

Duela Dent era filha de Harvey Dent, o Duas-Caras, mas se passou por filha de outros vilões até se tornar heroína para compensar os crimes do Coringa.

Também fez parte dos Novos Titãs, como Arlequina (utilizou apenas o nome da vilã atual).

Não se sabe como será essa nova série ou se terá continuidade.

O que se espera é que tenha tanta loucura quanto as HQ’s do próprio Coringa.

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Peter Pan para adultos

peter-pan-3O final da história de Peter Pan, criada pelo francês Régis Loisel chegou ao Brasil.

Através da editora Nemo (que estava presente no FIQ), a conclusão da história mostra porque o personagem não quer crescer e como ele chegou à Terra do Nunca.

O autor transformou o livro clássico de J.M. Barrie em uma história de órfãos londrinos do final do século XIX e possui referências fortes, impróprias para crianças, como as referências aos crimes de Jack, o Estripador.

Loisel ganhou prêmios em 2003 e também teve um sucesso de vendas por toda a Europa.

Peter Pan é um de seus trabalhos mais famosos, mas ele também criou A Busca do Pássaro do Tempo e Pyrénée, obras bastante elogiadas.

O autor também esteve envolvido em produções da Disney, como Atlantis e Mulan.

Peter Pan saiu na Europa, em seis volumes, entre 1990 e 2004.

Já no Brasil a Nemo reuniu tudo em 3 edições.

A terceira tem 104 páginas, capa dura e custa R$69,00.

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FIQ 2013 – O que você precisa saber?

O 8º Festival Internacional de Quadrinhos começa amanhã.

Se você mora em BH ou virá para prestigiar o FIQ, você tem que saber:

  1. O festival acontece do dia 13 até o 17, de 9h às 22h. (Mas não chega muito tarde porque o pessoal está trabalhando o dia todo lá e precisa ir pra casa)
  2. O festival é gratuito, mas leve algum dinheiro, pois diversas hq’s independentes estarão a venda e ajudar a impulsar esse mercado não custa nada.
  3. Sim, lá tem comida. Mas se você for no fim de semana, leve pelo menos uma água, pois as filas ficarão grandes e não será legal ver você desmaiando para comprar uma coxinha.
  4. O FIQ desse ano é em homenagem ao Laerte Coutinho. Se você não sabe quem é… pena! Ele virá no festival no dia 17 e também haverá uma exposição dedicada ao seu trabalho.

Shogun

Atrações, exposições e pessoas.

Ícones dos quadrinhos.

Reúne 100 interpretações de personagens clássicos dos quadrinhos feitas por 100 quadrinistas do mundo inteiro. A exposição é organizada por Ivan Costa, um dos curadores do festival, que ganhou troféus HQ Mix pelas exposições “Batman 70 Anos” (2009) e “Criando Quadrinhos” (2011), também apresentadas no FIQ.

Laerte

Com curadoria do também quadrinista e filho do homenageado, Rafael Coutinho, a exposição/instalação irá apresentar elementos da obra de Laerte e apresentar algumas de suas atuais discussões.

Exposição infantil

Nesta exposição, totalmente interativa, crianças e jovens poderão ter contato direto com o cenário e reconhecer elementos fundamentais da linguagem dos quadrinhos.

Estúdio ao vivo

Montado dentro da Serraria, o estúdio abrigará diversos quadrinistas, que demonstrarão técnicas e estilos de desenho, escultura e roteiro.

Oficinas

O mezanino da Serraria abriga 52 oficinas, tanto básicas, voltadas para o público em geral, quanto as específicas, indicadas para aqueles que já possuem algum trabalho ligado a quadrinhos e ilustração.

Palco Cosplay

Um palco com camarim será instalado para que os cosplayers possam se preparar e tirar fotos. Serão realizados alguns concursos rápidos e informais, com distribuição de kits de quadrinhos para os vencedores.

Praça Mauro Martinez

12 mesas recebem lançamentos e sessões de autógrafos simultâneos de convidados e outros quadrinistas presentes no evento. Os autógrafos acontecem ao longo dos dias,  a partir do dia 14. Fique atento a lista completa no site para não perder o autógrafo do seu artista favorito.

Estandes e mesas

28 estandes e 36 mesas abrigam editoras, livrarias, escolas e grupos de quadrinistas independentes. O público poderá encontrar desde o quadrinho das grandes editoras até as publicações independentes e fanzines.

Aqui eu destaco 3 obras que você precisa pelo menos dar uma olhada. Quad, de Aluísio Cervelle, Eduardo Ferigato, Diego Sanches e Eduardo Schaal, Lost Kids, de Felipe Cagno e Shogun dos Mortos, de Daniel Wernëck. (as três imagens desse post)

Lost-kids

PROGRAMAÇÃO PARALELA

Outra novidade apresentada pelo FIQ em 2013 é uma programação paralela, na qual eventos de quadrinhos ou realizados pelos quadrinistas ganham o selo FIQ e são incluídos nas atividades do festival.

Um que já está confirmado e que promete mobilizar os participantes é o HQ Gol, que será realizado no dia 15 de novembro e reunirá equipes formadas por quadrinistas.

Outro evento já vem acontecendo é a exposição “Crepúsculo dos Samurais”, que apresenta o trabalho de Daniel Werneck, até 17 de novembro no Café Sesc Palladium”.

Também se destacam na programação paralela do FIQ a exposição “Entre Ideias e Rascunhos”, em cartaz até 15 de dezembro no Sesc Palladium, que apresenta o trabalho e os processos criativos de cinco jovens quadrinistas brasileiros – João Marcos, Eduardo Pansica, Vitor Cafaggi, Lu Cafaggi e Pedro Cobiaco –, além da mostra “Quadrinhos Possíveis”, com trabalhos de artistas do grupo Pandemônio na Casa de Quadrinhos, também até 15 de dezembro.

Outro destaque é o Projeto parede, um painel com uma tira de 12 metros de largura assinado por Eduardo Damasceno, co-criador dos Quadrinhos Rasos, no  foyer do Sesc Palladium (avenida Augusto de Lima, 420, centro).

 

É muita coisa???

Eu sei que é. Mas temos que correr e ver tudo. Todos os artistas merecem a nossa presença e somente com a nossa presença faremos o FIQ se tornar um evento melhor a cada ano.

Nos vemos no FIQ e bom evento para todos!!!

Quad

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MAD, Abominável Charles e morre quadrinista de Zé Carioca

60 anos de MAD

Com os 60 anos da revista MAD, a figura já carimbada dessa história, Sergio Aragonés, criou um poster gigante para comemorar o centésimo episódio da série MAD TV, no Cartoon Network.

A imagem reúne acontecimentos, ilustrações, referências e piadas desses 60 anos. A revista está na edição 522 nos EUA.

Clique para ampliar!

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Tirinhas do Abominável Charles

A premiada webcomic The Abominable Charles Christopher agora será traduzida para o português.

Publicada desde de 2007 por Karl Kerschl, que recentemente foi o responsável pelas adaptações de Assassin’s Creed para os quadrinhos, a tirinha é estrelada por um sasquatch mudo numa floresta cheia de bichos falantes.

Atualmente o site Outros Quadrinhos, que possui várias webcomics estrangeiras, lançou as primeiras tiras traduzidas da série.

A partir da semana que vem serão sempre duas tiras por semana, às segundas e quartas-feiras.

Kerschl publica Charles Christopher em site próprio e a HQ já foi traduzida para japonês, francês, espanhol, alemão e outros idiomas. A série já levou os prêmios de webcomics do Joe Shuster Award em 2010 e do Eisner Awards em 2011.

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Adeus a Renato Canini

Faleceu na última quarta-feira, em Pelotas, o quadrinista Renato Canini.

Com seus 50 anos de carreira, ficou conhecido por suas HQs do Zé Carioca e outras várias criações, entre os anos 60 e 80.

Canini tinha 77 anos.

Nascido em Paraí, no Rio Grande do Sul, começou a carreira de desenhista em Porto Alegre na revista infantil Cacique, em 57. Dez anos depois, mudou-se para São Paulo, onde trabalhou como ilustrador de uma publicação da Igreja Metodista e depois na Editora Abril.

Participou inicialmente da revista Recreio, posteriormente entrou no estúdio de produção dos quadrinhos Disney, onde desenhou sua primeira história do Zé Carioca em 71. As histórias feitas por ele, são consideradas marcos na carreira do personagem, e foram reeditadas diversas vezes nos últimos anos.

Canini esteve envolvido na criação do Morcego Verde  (sensacional versão super-herói de Zé Carioca) e das versões do personagem em outros estados brasileiros (Zé Baiano, Zé Candango, Zé Pampeiro, Zé Paulista etc.), fora os coadjuvante Pedrão e Afonsinho. Em fins dos anos 70, a Disney solicitou à Abril que ele parasse de desenhar histórias de Zé Carioca, pois seu estilo ia contra os padrões da editora. O quadrinista ainda envolveu-se com roteiros do personagem até início dos anos 1980.

Canini ainda fazia ilustrações para livros infantis e, no ano passado, lançou uma coleção de cartuns chamada Pago pra Ver. Na última década, felizmente, recebeu várias homenagens: foi reconhecido como Mestre do Quadrinho Nacional pelo Troféu Ângelo Agostini em 2001 e como “Grande Mestre” pelo HQ Mix em 2003; também foi homenageado pelo FIQ em 2009, com exposição retrospectiva de sua carreira, e este ano pela Multiverso ComicCon.

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