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Tirinhas para o FIQ 2015

Com o FIQ 2015 chegando, chegam também dois velhos dilemas de todo colecionador de quadrinhos: “Vou ter dinheiro para comprar tudo o que eu quero?” e “O que devo comprar?”. A resposta para o primeiro é simples: “Não! A menos que você seja milionário, nunca se tem dinheiro para comprar tudo.” A segunda já é mais complicada.

Obviamente teremos uma grande variedade de encadernados capa dura que enchem os olhos do cidadão, mas o FIQ também é a melhor oportunidade para você adquirir quadrinhos menos conhecidos (muitas vezes direto com o autor) e de alta qualidade. Como sou um fã de tirinhas, resolvi reunir aqui algumas coisas que comprei no passado e que tiveram um ótimo custo-benefício. Vale a pena você ficar atento a elas também esse ano.

Amok – cabeça tronco e membros
Criado por Benett, Amok é um cara bacana. Tem carisma, faz observações interessantes sobre a vida, chupa corações humanos, deseja a morte para o mundo e assaria filhotes da panda no sol. Mas nada disso faz dele um insensível.

amok

Hans Grotz – opiniões descartáveis
Obra de Lucas Libanio, Hans Grotz é a personificação do homem nada moderno. O personagem não tem pudor de expor suas opiniões sinceras, seus modos rudes e sua visão do cotidiano. Acaba sendo um retrato bem honesto da sociedade.

hangrotz

Freddy and Jason Have Fun
Não há muito o que dizer sobre essa coletânea criada por Rafael Koff, exceto que ela não nos traz exatamente tirinhas, mas sim um álbum celebrando a bonita amizade de Freddy e Jason com muito sangue, assassinatos e tripas.

freddyandjason

Mariazinha em Verso & Prosa
Por Claudia Gomes e Fábio Turbay, Mariazinha é uma menina meiga apaixonada por poesia, e só perde a compostura ou se desespera com a falta dela.

mariazinha

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Bibioteca HQQISSO? – Jango Fett

Em comemoração ao trailer de Star Wars – O Despertar da Força, resolvi incluir algo da franquia na nossa biblioteca. E como gosto mais dos mercenários dos que dos Siths ou Jedis, a história escolhida foi Temporada de Caça, que conta a trajetória do mercenário que mudou os rumos da galáxia, Jango Fett.

A revista foi lançada pela Dark Horse com roteiro de Haden Blackman e arte por Bach e Fernandez.

http://issuu.com/humbertoaraujo/docs/star_wars_-_temporada_de_ca__a

(Melhor visualizado nos navegadores Chrome ou Internet Explorer)

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HQ – When the Darkness Presses

Minha ideia inicial para este post era adicionar mais conteúdo à nossa biblioteca, mas ao me deparar com a vencedora de melhor historia curta do Prêmio Eisner 2015 logo mudei de ideia.

When the Darkness Presses foi publicada digitalmente e parte da experiência de leitura está no fato de ela não ser impressa. A história se alterna entre a realidade e as experiências e sonhos que a protagonista tem dentro de um quarto.

Alterando o layout da página durante a leitura e através do uso de gifs sutis, a autora Emily Carroll consegue criar uma ambientação bem legal que faz o leitor ter uma imersão maior na história. Não vou entrar em muitos detalhes para não entregar as surpresas.

Infelizmente não encontrei nenhuma tradução do material para português, então quem estivera afim de ler vai ter que encarar o original em inglês mesmo. Mas vale a pena! Boa leitura!

wtdp

 

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A febre dos encadernados

sandmanHouve uma época em que encontrávamos enxurradas de revistas mensais com numeração extensa nas bancas. Acompanhadas delas tínhamos as mini séries, e por último alguns encadernados, que eram poucos, e, quase sempre, sinônimo de qualidade. Ver aquela série antiga que saiu em várias edições ser relançando em um encadernado de luxo era lindo! Mas isso há vários anos atrás. Hoje a história é outra.

Comprar uma série encadernada hoje ficou fácil e comum. A maior dificuldade está em decidir o que levar para casa baseado na eterna disputa “qualidade vs preço”. Sério, tem banca com mais encadernados do que revistas mensais! Tem encadernado de tudo quanto é tipo, de tudo quanto é editora, de diversos tamanhos e valores. Isso deveria ser uma vitória, mas nem sempre é o caso. Desde que comprei a minha “edição definitiva” do Cavaleiro das Trevas, já vi mais duas serem lançadas, também definitivas. Ao lado delas vi histórias medíocres que foram lançadas em revistas mensais reunidas em um só volume. E não muito longe edições de luxo de artistas como Neil Gaiman. A questão é: hoje se publica qualquer coisa, boa ou ruim, como se uma história em um volume único e capa dura fossem sinônimos de qualidade. Não são!

O maior exemplo na atualidade são os lançamentos da editora Salvat. Nada contra a editora, pelo contrário. Quem não adorou ver vários encadernados da Marvel serem lançados a um preço muito mais honesto do que os praticados pela Panini?! E de fato a Salvat lançou muita coisa bacana. Teve “A Queda de Murdock”, “Planeta Hulk”, “Marvels”, “Os Supremos”. Mas também teve histórias sem relevância nenhuma, como “Capitão América” e “Vingadores Eternamente”. A Panini, mesmo praticando preços muito alto, vai na mesma linha de raciocínio de lançamentos, tanto com seus títulos da Marvel quanto da DC. Temos Demolidor de Brian Bendis (ótimo) e A Era de Ultron (fraco).

salvat

Outro fator que também fez decair a qualidade dos encadernados lançados é o oportunismo gerado pelo cinema. É só um filme de super herói ser lançado que temos também uma edição especial com histórias dele nas bancas. E na maioria das vezes é porcaria. Pagamos pela embalagem. Então como diferenciar o que vale a pena do que não no meio de tanta bagunça? Não tem solução fácil. Se você não tiver referências então tem que pesquisar mesmo. Leia a sinopse na internet, pergunte aos amigos, confira o roteirista e a arte. Veja se o que você está comprando é apenas um arco de histórias qualquer ou se é algo relevante que voltou em um formato melhor. Importante saber também se a edição não é um conjunto de histórias mensais que ainda estão em andamento lá fora mas que aqui no Brasil são lançadas com uma periodicidade menor e em volumes maiores, como Fábulas, Demolidor e The Walking Dead.

mspMas não quero terminar esse post como se fosse uma mensagem de repúdio às edições de luxo dos quadrinhos. De maneira nenhuma. Quero sim deixar claro que essa “febre” de lançamentos que tem ocorrido há mais de 2 anos não é necessariamente uma coisa boa. Para quem acompanha o mercado e sabe o que está comprando é ótimo, mas para os desavisados pode ser uma arapuca na qual os fãs de quadrinhos encontram a situação mais decepcionante possível: gastar muito dinheiro com algo que acaba sendo ruim.

Por fim, boa sorte e boa leitura a todos! Deixem nos comentários suas sugestões de compras. 😉

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Fábulas e a Cinderela

spyDecidi começar esse post com uma afirmação bem simples: “Todo mundo deveria ler Fábulas até o volume 10.” Mas por que apenas até o volume 10? Porque toda a saga foi pensada para ser concluída no volume 10 (nos EUA isso é a edição 50). Bill Willingham conseguiu algo difícil: manter alta a qualidade de uma série em quadrinhos por muito tempo. E conseguiu isso porque sua história já estava planejada, o roteiro todo amarrado e bem feito. O volume 10 finaliza uma etapa de Fábulas que daria um fim perfeito para a série, (por mim deveria concluir ali) e tudo o que veio depois foi pior.

A verdade é que, infelizmente, Fábulas nunca conseguiu retomar seu nível de qualidade. Exceto por uma ou outra história isolada. Ironicamente isso aconteceu recentemente com o lançamento de Cinderela – da Cidade das Fábulas com Amor. Por que ironicamente? Porque não foi escrita por Bill Willingham, mas por Chris Roberson (iZOMBIE) com arte de Shawn McManus. Cinderela teve participações importantes em algumas histórias da série trabalhando como uma agente secreta que finge ser uma socialite fútil, porém, a personagem estava sumida já havia algum tempo. Para quem nunca leu as edições antigas basta saber que ela é tipo o James Bond da Cidade da Fábulas, e essa faceta dela é o foco de suas histórias solo.

Seu encadernado lançado recentemente surpreendeu porque foi capaz de preservar toda a atmosfera que fez a série ser tão bacana e ao mesmo tempo nos apresentar uma história cheia ação, com pitadas de humor e um roteiro interessante. Outro ponto forte é aparição de personagens das fábulas que até então não tinham dado as caras. Não vou falar quem são para evitar spoilers. O encadernado custa R$21,90 (tá honesto) e vale muito mais a pena do que o segundo volume de As Mais Belas Fábulas, que foca na Rapunzel, mas isso já é outra história.

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Biblioteca HQQISSO? – Groo 25 anos

Groo, o errante bárbaro azarão de navios e comedor de queijo derretido havia completado 25 anos de desastres. E para comemorar, nada mais justo do que lançar uma edição especial que relata não somente histórias do Groo, mas também das pessoas que trabalharam para que ele existisse na Mythos Editora.

Criado por Sergio Aragonés e com roteiros e diálogos por Mark Evanier, essa edição especial é um prato cheio para os fãs e também para aqueles desavisados que ainda não se aventuraram no meio de tanta barbaridade.

http://issuu.com/humbertoaraujo/docs/groo_25anos

(Melhor visualizado nos navegadores Chrome ou Internet Explorer)

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