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Gantz, o quase final!

gantz355-06Acabo de ler a edição 35 do mangá Gantz e pensei: não é possível, a história tem que acabar agora, esse foi o ápice de tudo.

Eis que me deparo com um pensamento, Gantz realmente está acabando.

A edição 36 e provavelmente a 37, serão os últimos 16 capítulos que faltam da história.

Serão 383 capítulos ao todo.

[SPOILERS]

A história que começou com um jogo mortal entre humanos e seres de outros planetas, em caçadas incríveis, mortes inesperadas e retorno dramáticos, culminou em um enorme ataque ao planeta terra, por seres sapientes, avançados e cruéis.

Na verdade, bem parecidos com os humanos.

Só que maiores. Gigantes de muitos metros de alturas e quatro olhos.

Nestas últimas edições, a batalha final acabou. Nem humanos, nem alienígenas saíram ganhando.

Gantz ganha em um quesito sobre vários mangás.

O número de mortes.

Foram incontáveis mortes dos dois lados. Civis, soldados, velhos, crianças, muita gente mesmo.

E o leitor, perdido nisso tudo, ao final da 35ª edição percebe que a guerra acabou.

Que três ou mais anos de leitura estão no fim. Resta agora aparar as arrestas e dar um fim definitivo.

Neste quase final, já posso falar com propriedade sobre o que achei de Gantz.

É uma obra fantástica, mas difícil de ser apreciada. É preciso olhar o todo.

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Gantz é sobre tudo uma obra que fala do ser humano e suas falhas.

Até mesmo aqueles que se apegam de mais a vida, que lutam desesperadamente, podem estar falhando.

Gantz tem sim o apelo sexual em diversas partes, como vários mangás e como os japoneses gostam, mas nesse fim de história a coisa ficou mais séria. As críticas à forma de viver e ideais do homem, o que é certo e errado, o que achamos importante ou não, tudo isso ganha mais peso e relevância nesse final.

Para os personagens, foi o fim de uma luta pela vida humana.

Para o leitor mais sagaz foi o início de uma ideia, de um pensamento sobre todas as coisas que fazemos e vivemos sem dar o devido valor.

Gantz não te dará aquele discurso piegas sobre os heróis que morreram em combate e serão lembrados por aqueles que eles salvaram.

Na realidade isso não existe. Muitos lutaram e os que sobreviveram, terão que lutar novamente para seguir adiante, na vida comum e cotidiana da cada um.

Um abraço a todos e boa leitura!

Nos vemos no próximo post!

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Enquanto isso, em algum universo paralelo…

Em algum festival ou feira por aí, ou em outro universo, perto ou longe, neste ano ou no próximo, sempre haverá a competição de pior cosplay da história.

Sempre.

Na imagem de hoje, vamos conferir alguns erros de caracterização, como fazer seu próprio capacete do magneto e como não utilizar cartolina para construir sua “armadura” de homem de ferro.

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Alan Moore odeia super-heróis

Alan_Moore_(2)Alan Moore odeia super-heróis

Moore está trabalhando freneticamente.

Mesmo com a idade avançada e a falta de habilidades para o convívio social.

Trabalhando no novo título de Liga Extraordinária e lançando o encadernado Fashion Beast, Moore, em entrevista para o The Guardian, disse:

Eu não leio nada de super-heróis desde que terminei Watchmen.

Odeio super-heróis.

Acho que eles são abominações.

Eles não significam mais o que costumavam significar.

Eles ficavam originalmente nas mãos de escritores que ativamente expandiam a imaginação de seu público, formado por crianças de nove a 13 anos.

Eles faziam isso muito bem. 

Hoje, os quadrinhos de super-heróis não tem nada a ver com essas crianças de nove a 13 anos.

É uma audiência formada geralmente por homens, de 30, 40, 50, 60 anos.

Alguém criou o conceito de graphic novel.

Os leitores se agarraram a ele, interessados em uma maneira de validar seu contínuo amor pelo Lanterna Verde ou Homem-Aranha sem parecer de alguma forma emocionalmente subnormal.

Eu não acho que o super-herói significa nada de bom.

Acho bastante alarmante ver adultos assistindo ao filme dos Vingadores e se deliciando com conceitos e personagens criados para entreter crianças de 12 anos dos anos 1950.

Pois é.

Eu acho que Moore já está ficando um pouco senil, mas nessa declaração há um pouco de verdade.

A única coisa que ele não lembrou é que os meninos da década de 50, são os adultos de 50 ou 60 anos de hoje, que consomem as Graphic Novels, movimentam o mercado e tentam relembrar de suas infâncias. Mesmo que seja durante 200 páginas.

Não vejo mal nenhum nisso.

Um amor eterno pelos super-heróis é meio estranho.

Mas comprar um revista do seu herói favorito de 50 anos atrás é quase um viagem no tempo.

Uma viagem que apenas alguns poucos conseguem fazer.

Allan-Moore

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Nova Mulher-Maravilha

Escolhida a Mulher-Maravilha do filme Batman vs. Superman.

Gal Gadot.

gal-gadot

Impossível dizer se gostei ou não.

Não tem cara nem corpo pra fazer o personagem.

Vamos ver como que fica.

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Batbom e Batmaul #12 – Tempo

Batbom e Batmaul é uma série de tirinhas do HQQISSO, com dois personagens bastante inspirados no meu super-herói favorito. Eles falam sobre o dia-a-dia, coisas da vida e sem muita filosofia dizem o que pensam sobre diversos assuntos.

A tira de hoje é: Tempo.

Clique na imagem para ver o final!

Batbom-e-Batmaul-12-tempo

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Especial FIQ 2013: QUAD

quad-4personagensIniciando os trabalhos de leitura e comentários sobre tudo que comprei no FIQ 2013, vamos começar com QUAD.

QUAD foi um projeto financiado através do Cartase e criado por 4 pessoas, muito diferentes e bastante iguais.

Aluísio Cervelle, Eduardo Schaal, Eduardo Ferigato e Diego Sanches montaram o que pode ser chamado de uma antologia Sci-Fi, com 4 histórias diferentes.

Todas as histórias têm um pouco de aventura, naves espaciais, ficção, robôs, mundos caóticos e futuros distópicos.

Antes de falar um pouco sobre cada história, devo salientar algo que achei muito bacana, desde o início desse projeto.

Cada autor, escreveu e desenhou sua própria história, no entanto, elas fazem parte do mesmo universo, dialogando entre si.

É quase como se já existisse o universo QUAD, assim como temos o universo da Marvel e da DC e agora temos 4 histórias desse universo.

Vamos as histórias:

quad-8Terah e Elvis – Uma mecânica precisar consertar um equipamento em uma zona restrita e distante.

Junto com seu gato, ela primeiro vai em busca das peças para o conserto.

Parece que tudo é escasso em seu planeta e as coisas precisam ser encontradas e não compradas ou produzidas.

É uma história de aventura e ação, com uma bela mulher, um gato preto e um final surpreendente.

 

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quad-6Esp-Trent – O que acontece quando um robô não respeita as três leis da robótica? Pessoas morrem.

Para resolver esse problema temos o ciborgue Trent, um exorcista de softwares paranormais.

Em uma cidade onde todos tem uma função e não há sobras de nada, máquinas e humanos vivem juntos.

A função de Trent é identificar e exorcizar máquinas e robôs que estejam desrespeitando as três leis.

Nessa aventura noir futurista, utopia e política se misturam com ação e uma dúvida:

Estaria Trent quebrando as três para fazer o seu serviço? Estaria já infectado por um vírus sem saber?

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quad-4Muros – Como seria uma cidade controlada por máquinas e sustentada por humanos?

Quais seriam os sonhos desses humanos?

Nesta história temos um garoto que entra em contato com humanos de fora da cidade.

Um choque de conceitos. O que é liberdade? Quem são os prisoneiros? Você vive pra trabalhar ou trabalha pra viver?

O futuro será tão ruim quanto parece?

Muitas perguntas e poucas respostas é o que você terá quando terminar de ler.

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quad-1Sally – O capitão Lucas e seu imediato Daniel estão com problemas na nave.

O planeta logo abaixo pode ter a solução. Para isso Lucas viaja sozinho até uma nave abandonada que poder ter a fonte de energia que eles precisam.

Dentro da nave, Lucas encontra uma mensagem de possíveis sobreviventes da queda dessa nave.

O que era uma missão de busca transforma-se em uma missão de resgate.

Só tem um problema, o planeta não é totalmente desabitado.

Espaçonaves, civilizações perdidas e mundos destruídos são a tônica desta história.

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Voltando a falar da HQ como um todo, os autores fizeram duas coisas bem legais.

A primeira foi colocar uma galeria de artes de autores convidados, recriando os personagens de QUAD.

A segunda foi uma pequena história de apenas uma página, a última do livro, seguindo o mesmo tema, mas com um tom de comédia.

Isso me lembrou muito as revista do Maurício de Souza, com aquela última página de três quadros. Sempre engraçada.

Depois disso tudo, me resta dizer que a HQ foi muito bem editada e a produção está impecável, páginas grossas, capa colorida e um ótimo preço para 112 páginas. Apenas R$35,00.

Termino por aqui, parabenizando os autores pelo sucesso do projeto e qualidade do material final.

E a você que se interessou, meu conselho é: leia!

AVALIAÇÃO HQQISSO:

Nota-nova-4

 

 

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