Monthly Archives setembro 2017

Crossovers frustrantes, até quando?

Não é de hoje que tanto Marvel quanto DC adoram criar sagas onde duas de suas super equipes (geralmente de heróis) saem no tapa por discordar de algum assunto importante. Geralmente a briga acontece apenas dentre seu próprio universo, como, por exemplo, a saga Liga da Justiça vs Titãs e Vingadores vs X-Men. Mas também temos a mistura entre as editoras, que resultou em Vingadores vs Liga da Justiça e outros crossovers menores que aconteceram durante os inesquecíveis anos 90.

No geral, esse crossovers atraem a atenção do público e da mídia, ajudando a cumprir o principal objetivo das editoras: vender revistas. E isso é errado? Não. O trabalho delas é esse mesmo. Então qual o problema? O problema está na mediocridade e previsibilidade das histórias. Toda vez é a mesma coisa!

Temos de cada lado um grupo bem intencionado de pessoas super poderosas. No entanto, devido à algum mal entendido e à falta de comunicação (pra que conversar se eu posso arremessar um raio, né?!) nenhum lado explica calmamente seu ponto de vista e todo mundo sai na porrada. Obviamente o roteirista não pode puxar sardinha para nenhum lado, senão os fãs iriam reclamar. Então todo mundo acaba bem na fita até que chega o momento em que todos percebem que na verdade devem se unir para derrotar o verdadeiro inimigo. Após isso temos combos de super heroísmo e recursos deus ex machina para resolver a questão.

Se essa descrição teve pontos que lhe pareceram familiar em alguma saga que você já leu, não foi coincidência. É a formula utilizadas todas a vezes. Leia Inumanos vs X-Men, Liga da Justiça vs Esquadrão Suicida, as outras sagas já citadas, e depois qualquer outra à sua escolha (a lista é ENORME) e em seguida se pergunte se elas não parecem ter o mesmo enredo.

Disputas entre equipes heroicas não deveriam vender apenas por causa dos personagens. A história deveria ajudar! Mas infelizmente não é o que acontece. Até que isso mude, minha sugestão é: não fique na ansiedade pela próxima saga e procure outra coisa para ler. Tem muito material bom por aí cuja função não é ser somente um caça níquel.

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The Wicked + The Divine – Crítica

Olá caro leitor, você achou que tinha acabado?

NÃO! Estamos aqui e a vida continua. E falando em vida, a crítica de hoje é sobre… (você já leu o título do post certo?)

Bom, The Wicked + The Divine foi uma compra que fiz totalmente no escuro, li apenas a sinopse e boom!, cliquei no comprar.

Sobre o que estou falando? É o seguinte: A cada noventa anos, doze deuses reencarnam como humanos. Eles são amados. Eles são odiados. E dentro de dois anos, eles morrem. Bem-vindo a THE WICKED + THE DIVINE, onde deuses são as estrelas supremas do pop. Mas lembre-se: só porque você é imortal, não significa que vá viver pra sempre.

E foi com essa sinopse que eu comprei a HQ lá naquela loja, que vende vários livros, ela tem um sorriso amarelo, sabe qual é?

Pois bem, comprei, li e a leitura é rápida e gostei.

Vai ser o seu melhor quadrinho de 2017? Acho que não.

Mas ele possui várias coisas boas e acredito que é um ótimo início para um universo muito maior e muito rico.

Na história, acompanhamos uma jovem que está indo para um show. Esse show é apresentado por uma deusa. Se ela é uma divindade ou não, muitos acreditam e outros duvidam.

O que importa é que os deuses fazem sucesso. O problema é que ele dura apenas 2 anos. Sendo assim, alguns deuses decidem aproveitar da melhor forma possível.

É assim que nossa personagem principal, Laura, acaba conhecendo outros deuses e é apresentada ao Panteão.

Nele estão deuses como: Amaterasu (deusa xintoísta), Lúcifer, Baal (deus semítico), Baphomet (deus pagão), Sakhmet (deusa egípcia), Woden (deus nórdico), dentre vários outros.

O interessante é o que autor Kieron Gillen, se baseou em ícones da nossa cultura pop para criar seus personagens.

Por exemplo, a deusa Amaterasu é baseada nas cantoras Florence Welch, vocalista da banda Florence + The Machine, e Stevie Nicks, do Fleetwood Mac.

Com toda essa mistura de deuses, cultura pop e uma imortalidade com prazo de validade, é claro que a hq tem ótimos diálogos e situações que fazem referências a cultura e o cotidiano.

Tudo desanda quando Lúcifer é acusada de um crime que não cometeu. Laura então se aproxima mais de Lúcifer e se complica também com o Panteão dos deuses.

O mérito de Gillen é criar uma história complexa mas rápida, com acontecimentos importantes e diálogos simples, que servem como uma gigantesca alegoria para os dias atuais, onde os nossos deuses da cultura pop realmente existem e muitos “vivem” até menos de 2 anos.

NOTA HQQISSO:

 

 

Bom pessoal, espero que vocês tenham a oportunidade de ler, deixo aqui os link para o volume 1 e volume 2.

Um abraço, boas leituras e até a próxima!

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