MSP tagged posts

Chico Bento – Arvorada

Chico Bento – Arvorada foi a segunda aparição do caipira criado por Maurício de Sousa na linha Graphic MSP. Dessa vez o trabalho ficou todo por conta de Orlandeli, que fez a arte e roteiro. Fazer sozinho uma obra que fique à altura da expectativa dos fãs da linha MSP não é fácil, pois mesmo que alguns volumes não tenham ficado tão bons, no geral a qualidade é sempre muito alta. Mas Orlandeli deu conta do recado!

Arvorada é uma história cativante que retrata a relação de Chico Bento com Vó Dita, personagem importante na vida do menino, que cresceu ouvindo as histórias e os conselhos de sua vó, sempre aprendendo com a sabedoria dela.  Apesar de seu carisma, Vó Dita é uma personagem secundária nas revistas mensais do Chico Bento, no entanto, nesta edição ela possui um destaque e importância bem maiores, chegando até mesmo a ofuscar seu neto em alguns momentos.

Ao longo da história, o leitor é levado, assim como protagonista, à refletir sobre a brevidade do tempo e a importância de aproveitar os momentos da vida com quem amamos. Tudo isso simbolizado pelo florescer de um ipê amarelo cuja beleza encantadora passa muito depressa.

O autor acertou em quase tudo: o roteiro é ótimo, as cores são maravilhosas e ajudam a transmitir a emoção da histórias e a caracterização dos personagens no que se refere à personalidade ficou fiel aos quadrinhos originais. Minha única crítica está na aparência das pessoas. Principalmente das crianças. Em vários momentos tive a impressão de que o Chico Bento aparentava muito mais velho do que realmente era e me lembrava um “zé droguinha”. Mas não é nada que chegue à comprometer o trabalho de Orlandeli.

Em Arvorada você irá encontrar uma ótima releitura de personagens clássicos dentro de uma história emocionante e cheia de significados. Com certeza vale a leitura! E mesmo se acontecer de você não gostar, uma coisa é garantida: no final você sentirá saudades da sua vó.

 

 

Leia Mais

Astronauta: Assimetria – Mais uma HQ que você precisa ter!

Olá pessoal!

Mais uma vez venho falar de uma ótima HQ de Danilo Beyruth, sua terceira etapa da saga do Astronauta.

Assimetria é a continuação das duas outras hq’s já lançadas: Singularidade e Magnetar.

Nessa bela continuação, tanto o roteiro como a arte estão tão bons quantos as duas primeiras edições, Astronauta se vê mais uma vez em uma complicada situação. E tudo que é complicado, no espaço fica ainda pior.

A qualidade da arte e colorização estão mais uma vez impecáveis e como antes, o espaço criado por Danilo e Cris Peter, é um lugar perigoso, mas belíssimo e cativante.

Nunca duvidei que essa série ia manter sua qualidade quando foram anunciados os encadernados 2 e 3, mas em Assimetria, Beyruth explora a solidão e as consequências de nossas decisões de um jeito diferente, que ainda não havia sido abordado.

Nesse terceiro capítulo, nosso personagem se encontra com um outro eu, de outra dimensão e com isso, ele tem a visão do que poderia ter sido a sua vida, caso ele tivesse tomado decisões diferentes, como entrar ou não para o programa espacial, abandonar a terra ou ter ficado com a Ritinha (seu grande amor).

Em meio a esse momento de reflexão é que aparecem os problemas. Astronauta se depara com uma entidade cósmica de tamanho descomunal. O que ela quer e porque está ali, eu não posso te contar (não quero estragar a leitura para você).

Dito isso, vamos ao final da hq, que com certeza, é um final mais angustiante e opressivo, com os eventos acontecendo rápido demais para que os personagens possam resolver alguma coisa. Quem foi, foi, quem ficou, ficou.

Acho ótimo que Beyruth faça uma história sem heróis ou vilões. Trata-se de exploração do espaço e de eventos singulares, perigosos e imprevisíveis. A vida de Astronauta não é nada fácil e nessa HQ ela fica um pouquinho pior.

Adorei que o final seja claramente aberto para mais uma continuação, pois quando li as outras duas hqs, fiquei com o gostinho de quero mais, mas sem saber se teria uma próxima vez.

E essa história não poderia ter um nome melhor. Assimetria. A grande diferença do que é e do que poderia ter sido a vida do Astronauta fica explícita e cabe agora ao personagem decidir por qual caminho seguir.

Mais uma compra imprescindível para quem gosta do personagem, das edições da MSP e para quem gosta de uma boa leitura.

NOTA HQQISSO:

 

 

 

Bom pessoal, por hoje é isso.

Espero que tenham gostado e que leiam essa hq que vale realmente muito a pena. Na verdade as 3 edições já lançadas valem muito a pena, leia tudo na sequencia e seja feliz!

Boas leituras e até a próxima!

Leia Mais

6 coisas que você não sabia sobre a Turma da Mônica

A Turma da Mônica já está aí há muito anos, e até hoje existem fatos desconhecidos para a maioria dos fãs. Confira alguns deles:

1 – Nunca existiu uma tirinha da Mônica. Ela surgiu e sempre participou das tirinhas do Cebolinha, até ter sua própria revista mensal.

primeira_tira

2 – Horácio é para muitos o alter ego do Maurício de Sousa. Apesar do autor negar esse fato, ele também já admitiu que é o personagem como mais características dele. E o único que ele ainda não liberou para ter uma versão na coleção Graphic MSP.

mauricio_de_sousa

3 – O Cebolinha tem um amigo chamado Garotão (as vezes Amigão), que é tão grande que só enxergamos as pernas dele.

amigao

4 – A Turma da Mônica Jovem vende muito mais que a Turma da Mônica Clássica (um golpe no coração dos fãs da velha guarda).

turma-da-monica-jovem

5 – Nos Estados Unidos o Cebolinha é conhecido como Jimmy Five. Porque se fossem traduzir o nome “Cebolinha” ficaria muito estranho.

jimmy-five

6 – Graças à Mônica, o Brasil é um dos poucos países do mundo cujo o principal personagem vindo dos quadrinhos é uma menina.

dona-da-rua

Leia Mais

Biblioteca HQQISSO? – Astronauta

Desde que criamos nossa biblioteca ainda não tínhamos adicionado nada da Turma da Mônica nela. E para corrigir isso, decidimos disponibilizar para vocês o primeiro e melhor encadernado da coleção graphic MSP: Astronauta – Magnetar. Todos os méritos à Danilo Beyruth, cujo talento nos presenteou com uma aventura de ficção científica que ao mesmo tempo trata sobre a solidão. Tudo baseado no clássico Astronauta criado por Maurício de Souza.

https://issuu.com/humbertoaraujo/docs/astronauta_magnetar

Se você ainda não conhece a nossa biblioteca, corra para ver os outros títulos.

(Melhor visualizado nos navegadores Chrome ou Internet Explorer)

Leia Mais

Papa Capim – Noite Branca|Review

O novo encadernado da MSP Graphics veio pelas mãos de Marcela Godoy (roteiro) e Renato Guedes (desenhos). Diferente de outras edições e até mesmo do que eu esperava, Papa Capim – Noite Branca é uma história de terror, com um clima tenso e cheia de mistérios. Apesar da introdução desse gênero, que até então não havia sido explorado na coleção, ser algo positivo, esse encadernado não está entre os melhores da coleção MSP.

papa-capim-noite-branca-imagem

Marcela Godoy fez o dever de casa em relação à pesquisa dos costumes e da mitologia indígena e Renato Guedes retratou bem seus traços e fez bom uso das cores, principalmente nas cenas que mostravam o contraste entre noite e dia. Então o que faltou para ser um ótimo encadernado, e não apenas bom?

Para começar a adaptação ficou muito distante das revistas do Maurício de Souza. Ainda que a proposta seja a de reformular os personagens clássicos, foi difícil encontrar muitos elementos que remetessem às versões originais, deixando a história um pouco genérica. Como se quaisquer outros personagens indígenas bastassem.

Outro ponto contra foi o desenrolar da trama. Ela começa bem e deixa o leitor intrigado sobre o que irá acontecer, no entanto, à medida que se aproxima do final, parece perder um pouco o rumo devido à alguns exageros sobrenaturais. Não vou entrar em detalhes aqui para não estragar as surpresas.

PapaCapimeCafune

No final não me arrependi de ter comprado, apenas esperava mais. Se você, assim como eu, coleciona todos os encadernados da MSP Graphics, pode comprar. Se não, deixa para a próxima.

NOTA HQQISSO?:

nota-hqqisso-3

Leia Mais

A febre dos encadernados

sandmanHouve uma época em que encontrávamos enxurradas de revistas mensais com numeração extensa nas bancas. Acompanhadas delas tínhamos as mini séries, e por último alguns encadernados, que eram poucos, e, quase sempre, sinônimo de qualidade. Ver aquela série antiga que saiu em várias edições ser relançando em um encadernado de luxo era lindo! Mas isso há vários anos atrás. Hoje a história é outra.

Comprar uma série encadernada hoje ficou fácil e comum. A maior dificuldade está em decidir o que levar para casa baseado na eterna disputa “qualidade vs preço”. Sério, tem banca com mais encadernados do que revistas mensais! Tem encadernado de tudo quanto é tipo, de tudo quanto é editora, de diversos tamanhos e valores. Isso deveria ser uma vitória, mas nem sempre é o caso. Desde que comprei a minha “edição definitiva” do Cavaleiro das Trevas, já vi mais duas serem lançadas, também definitivas. Ao lado delas vi histórias medíocres que foram lançadas em revistas mensais reunidas em um só volume. E não muito longe edições de luxo de artistas como Neil Gaiman. A questão é: hoje se publica qualquer coisa, boa ou ruim, como se uma história em um volume único e capa dura fossem sinônimos de qualidade. Não são!

O maior exemplo na atualidade são os lançamentos da editora Salvat. Nada contra a editora, pelo contrário. Quem não adorou ver vários encadernados da Marvel serem lançados a um preço muito mais honesto do que os praticados pela Panini?! E de fato a Salvat lançou muita coisa bacana. Teve “A Queda de Murdock”, “Planeta Hulk”, “Marvels”, “Os Supremos”. Mas também teve histórias sem relevância nenhuma, como “Capitão América” e “Vingadores Eternamente”. A Panini, mesmo praticando preços muito alto, vai na mesma linha de raciocínio de lançamentos, tanto com seus títulos da Marvel quanto da DC. Temos Demolidor de Brian Bendis (ótimo) e A Era de Ultron (fraco).

salvat

Outro fator que também fez decair a qualidade dos encadernados lançados é o oportunismo gerado pelo cinema. É só um filme de super herói ser lançado que temos também uma edição especial com histórias dele nas bancas. E na maioria das vezes é porcaria. Pagamos pela embalagem. Então como diferenciar o que vale a pena do que não no meio de tanta bagunça? Não tem solução fácil. Se você não tiver referências então tem que pesquisar mesmo. Leia a sinopse na internet, pergunte aos amigos, confira o roteirista e a arte. Veja se o que você está comprando é apenas um arco de histórias qualquer ou se é algo relevante que voltou em um formato melhor. Importante saber também se a edição não é um conjunto de histórias mensais que ainda estão em andamento lá fora mas que aqui no Brasil são lançadas com uma periodicidade menor e em volumes maiores, como Fábulas, Demolidor e The Walking Dead.

mspMas não quero terminar esse post como se fosse uma mensagem de repúdio às edições de luxo dos quadrinhos. De maneira nenhuma. Quero sim deixar claro que essa “febre” de lançamentos que tem ocorrido há mais de 2 anos não é necessariamente uma coisa boa. Para quem acompanha o mercado e sabe o que está comprando é ótimo, mas para os desavisados pode ser uma arapuca na qual os fãs de quadrinhos encontram a situação mais decepcionante possível: gastar muito dinheiro com algo que acaba sendo ruim.

Por fim, boa sorte e boa leitura a todos! Deixem nos comentários suas sugestões de compras. 😉

Leia Mais