






Quando o assunto é HQ, eu gosto de praticamente tudo. E depois que ouvi o pessoal do Cinema com Rapadura falando sobre Scott Pilgrim Contra o Mundo, e de ter me divertido bastante com o filme, corri pra ler a HQ.
Uma decepção. =(
Scott Pilgrim é um cara bem legal, pena que não pode ver mulher. Mesmo! O jovem de vinte poucos anos coleciona namoradas e relacionamentos mal sucedidos. O motivo do fracasso? Quase que invariavelmente sua imaturidade. Todo mundo conhece ao menos um Scott Pilgrim na vida. É aquele cara que evita qualquer responsabilidade, foge de relacionamentos, não consegue manter um trabalho decente, não termina nada que começou… Esse tipinho, que invariavelmente irrita, mas, que sempre tem um bobo pra ajudar.
Talvez o sucesso dessa série se deva a isso. É fácil se identificar com um perdedor que vira super-herói da sua própria vida ou com seus amigos estranhos, tão perdidos quando ele. E a premissa é muito interessante. Após se apaixonar por Ramona Flowers, Scott tem que derrotar seus seis ex-namorados do mal para poder conquistá-la.
Até aí, tudo bem. Começo de relacionamento é sempre assim. Quem nunca se sentiu ameaçado pelo(a) ex do(a) atual, e foi lá dar uma “stalkeada”, que jogue o primeiro mouse. Todo mundo tem que, mesmo que figurativamente, derrotar os ex-namorados do atual. O legal na história é justamente o uso de metalinguagem e da apropriação de elementos da cultura pop para fazer isso. Mas o legal termina aí.
O Scott da HQ é infantil, chato e chorão. As outras personagens não têm muita personalidade, parecem mais uma derivação da personalidade de Scott. E a história é monotemática, tudo se resume a Scott. Okey, que esse é o título e que é sobre ele, mas a minha suspensão de realidade não me levou a esse ponto. Sei lá… oito personagens secundários e todos eles dedicados em ajudar ou prejudicar Scott? Não engoli isso. Até nos traços existe uma homogeneidade. Todos os personagens são bem parecidos.
É impossível não fazer uma comparação com o filme. Na minha percepção, lá, os personagens são melhor trabalhados e o estilo de filmagem do Edgar Wright (Madrugada dos Mortos, Fim do Mundo e, em breve, Homem Formiga) torna Scott Pilgrim contra o mundo muito mais interessante. Assim, como Bryan Lee O’Malley bem fez na HQ, Edgar Whrigt acerta ao se apropriar de elementos do vídeo-game para narrar a história.
E por que eu não vejo motivo pra isso tudo? Bem, eu não consegui entender, depois de ler a Grafic Novel e ver o filme, o porquê dessa história ser um sucesso tão grande. Ela combina vídeo-game, mangá e sofrimento jovem/adulto no Canadá. Mas, e aí? Eu esperava mais. Esperava um Scott mais interessante, uma Ramona pela qual valesse à pena matar os ex-namorados. Um Scott loser, mas com algo a dizer. Só que ele não tem nada para falar. Ele só quer a Ramona e pronto. Achei chato isso. Se tiver que escolher, entre ver o filme e ler a HQ, veja o filme e poupe seu tempo.
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Confesso que nunca havia lido uma HQ do Homem de Ferro, já tinha lido coisas dele em equipe, mas solo, Extremis foi a primeira. E talvez, muito provavelmente, a última.
Posso ser polêmica aqui, mas vou dizer: o Tony Stark do Downey Junior é muito mais legal do que o Stark das Hqs. #prontofaleitoleve. Acontece o seguinte. A HQ é nova, de 2006, e ainda assim, com seis edições, consegue ser lenta, ter um discurso retrogrado e um plot twist previsível.
As coisas acontecem sem justificava nenhuma. Um belo dia, um homem aleatório é injetado com uma solução biológica, um vírus (sdds Umbrella), e desenvolve poder super humanos. Ele é o vilão e quer sacanear todo mundo. Ao mesmo tempo, Tony Stark se vê às voltas com a imprensa que está questionando o poder do Iron Man e aquelas coisas de sempre. Ok, até aí mais um dia na América.
O que me incomodou, sobremaneira, foi o Tony decidir injetar a tal solução em si mesmo. Sério, não tem motivo nenhum. NENHUM. Ok, o camarada lá é mais forte que ele. Tipo ridiculamente mais forte. Só que ele não é um Hulk, por exemplo. Ele quase morre? Sim. Mas o que as pessoas fazem quando quase morrem? Vão ao hospital. Tony Stark? Injeta uma solução biológica em si mesmo. De qualquer forma, ao invés de chamar os Vingadores, ou qualquer coisa que o valha, ele decide que tem que resolver aquilo sozinho. Por quê? Jamais saberemos.
Injetado com a solução Extremis ele se recupera da sova, bate no vilão e todo mundo está feliz novamente. Pronto. Acabou. A única diferença é que agora ele é capaz, por causa do soro, de controlar a armadura com o próprio pensamento. O que, pode ser burrice minha, mas eu não entendi o porquê. Enfim, é uma HQ que requer muito do seu poder de suspensão da realidade.
Agora, só pra eu terminar, sendo bem chata, elocubrarei sobre o porque dessa HQ. É sabido que a Saga Extremis é tida como o renascimento do Homem de Ferro. E de fato é. Ele quase morre e fica mais forte. Mas – #momentogabrielababaca – eu acredito que a saga tenha uma relação muito próxima com o momento político dos estados unidos, como sempre tem, tá? Não se engane.
;2006, meio da guerra do Iraque, governo americano sendo questionado, sendo pressionado a retirar suas tropas. Você está defendendo? Defendendo quem? Ou seja, em outra escala, o Homem de ferro passa por tudo que o governo passava. Era necessário se justificar, diante de ameaças tão grandes, e buscar um poder maior, ir além. Para mostrar que era sim necessário. Daí extremis. Foi aí que eu me dei conta. O Homem de Ferro nada mais é que uma versão alcoólatra do Capitão América.
Leia MaisQue a Mônica, aquela dentuça linda, fez 50 há alguns meses você já sabia. A novidade é que, como parte das comemorações do seu aniversário, a marca Apoena, desenvolveu uma linha especial, inspirada na personagem, e desfilou APENAS no Fashion Rio Verão 2014.
Como eu tenho um sério problema com sapatos, ignorei a roupa e fui direto para os MARAVILHOSOS calçados. Sério. Achei tudo de uma singeleza, qualidade e simplicidade dignas da Moniquinha.
A coleção, da marca de sapatos Jorge Alex, conta com 13 modelos com tecidos e cores que fazem alusão ao desenho e também ao cartoon, já que um dos sapatos é pura onomatopeia. Eu queria todos. Só.
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