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18
jul
2012

A mulher-“espetáculo”-gato | Início da série

Gibas
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A mulher-gato nunca foi tão mulher, ou tão gata, ou tão espetáculo. Seios fartos, saltos mortais, tiroteio, brigas, sutiãs e sexo. Tudo isso você encontra em Catwoman 1, que saiu no Brasil na revista A Sombra do Batman 1, mas que poderia ter saído em qualquer revista masculina (Playboy, Sexy, entre outras) do mercado e ainda estaria em harmonia com a editoração da revista da mesma forma como ela se adéqua à Sombra do Batman. Calma, explicarei! O escritor da série, Judd Winick, quando perguntado sobre sua nova visão para a Mulher-Gato disse: “Esta é uma Mulher-Gato para 2011, e minha abordagem para a personagens e suas ações refletem alguém que vive em nosso tempo. E que usa uma roupa de gata. E que rouba. É uma história que é parte policial, parte mistério e parte romance. Nela vocês vão encontrar ação, suspense e paixões. Às vezes, cada uma destas qualidades estarão em seus extremos”. Em uma palavra ele poderia ter resumido tudo isso. Extremo. Os desenhos são extremos, as brigas são cruas e viscerais, as relações entre as personagens estão realistas e o sexo permeia cada ação desta nova Mulher-Gato. Numa boa mistura entre a sensualidade da Mulher-Gato vivida por Michelle Pfeiffer em 1992 no Batman Returns de Tim Burton e a exuberância – física – apresentada por Halle Barry no (péssimo) filme de 2003, Catwoman, essa nova personagem de Winick é forte e obstinada em praticar seus roubos na mesma magnitude em que planeja suas vinganças contra aqueles que caçam a maior ladra de Gotham. Preparada para a vida das piores formas possíveis, Selina Kyle não perdoa vilões, não tem apreço pela vida e não se importa em dilacerar faces e impor o medo através de sua perfeição na hora de violentar os “caras maus”. Com cenas sensuais de Selina colocando sua roupa “ultra” colada enquanto se esquiva de balas e momentos selvagens de luta onde até a própria face da ladra se transmuta tornando-a muito mais animal que humana, a história é apenas o ínicio de uma fase que parece levar a personagem para um outro patamar da mistura de sexo e violência que sempre existiu nas histórias da gata mulher.

Por fim, a frase mais certa de Judd foi:”…Às vezes, cada uma destas qualidades estarão em seus extremos.” A nova Selina não é tão diferente assim de todas as versões que você já viu, seja em filme ou HQ’s, mas a capacidade de chegar aos extremos dessa mulher atual, produto da vida agitada e de uma Gotham enlouquecida, é enorme e cada momento é aproveitado ao máximo, o amanhã fica sempre pra amanhã e é assim que termina a primeira edição de Catwoman, com a pergunta de como será o amanhã.

 

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